No dia anterior, o dólar subiu 0,85%, vendido a R$ 3,7227.
O dólar opera em queda nesta quinta-feira (1), ao redor de R$ 3,70, com o mercado acompanhando os passos do presidente eleito Jair Bolsonaro e de sua equipe e em dia de maior busca pelo risco no mercado internacional.
Às 12h20, a moeda norte-americana caía 0,80%, vendida a R$ 3,6929. Veja mais cotações.
“Equipe econômica e projetos do governo Bolsonaro continuam sendo o foco do mercado nesse período de transição”, destacou a Elite Corretora em relatório, segundo a Reuters.
O otimismo com o cenário político doméstico encontrava nesta quinta-feira respaldo num movimento de maior busca pelo risco no exterior, levando o dólar cair ante a cesta de moedas e também ante as divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano.
Expectativas de que a China aumente seu estímulo fiscal ajudava as divisas emergentes, enquanto o euro era favorecido pela esperança de acordo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, o Brexit.
O feriado de Finados na sexta-feira, com divulgação do relatório do mercado de trabalho nos Estados Unidos, que pode reforçar a percepção de mais alta de juros no país, entretanto, pode trazer alguma cautela ao mercado local ao longo da sessão, comentaram alguns profissionais das mesas de dólar, segundo a Reuters.
O Banco Central vendeu nesta sessão 13,6 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 680 milhões do total de US$ 12,217 bilhões que vence em dezembro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
No dia anterior, o dólar subiu 0,85%, vendido a R$ 3,7227.
Em outubro, o dólar acumulou queda de 7,80% e teve o maior recuo mensal desde junho de 2016 (11,05%).
Agenda reformista
Segundo a Reuters, a crença de que Bolsonaro seria eleito fez com que o dólar ficasse mais barato em 20 centavos de real entre o primeiro e segundo turno, mas a continuidade desta queda passa a depender do que o novo governo vai implementar de fato.
O recuo do dólar ante o real já durante a corrida pelo segundo turno das eleições foi em decorrência da precificação da presença do liberal Paulo Guedes na equipe de Bolsonaro como ministro da Fazenda, responsável por implementar medidas caras ao mercado, como ajuste fiscal, privatizações e reforma da Previdência. Mas esse otimismo entre os investidores só vai se manter se a agenda reformista andar.
A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 recuou de R$ 3,75 para R$ 3,71 por dólar, segundo previsão de economistas de instituições financeiras divulgada pelo boletim de mercado, também conhecido como relatório “Focus”. Para o fechamento de 2019, permaneceu estável em R$ 3,80 por dólar.
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