O índice de acidentes nas estradas envolvendo o transporte de produtos perigosos vem diminuindo de forma acentuada desde 2005, segundo dados levantados pela Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor).
A frequência de acidentes do transporte rodoviário por 10 mil viagens que chegou a ser de 1,46 em 2006 recuou para 0,25 e 0,30 em 2016 e 2017, respectivamente, no setor cloro-álcalis. Essa mesma tendência também é observada pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), cuja frequência de acidentes passou de 2,99 em 2005 para 0,61 e 0,78, em 2016 e 2017.
“Essa queda acentuada no número de acidentes do setor ocorre a despeito do aumento do número de empresas transportadoras e do volume de carga transportada ”, destacou o Elias Oliveira, vice-coordenador da Comissão de Manuseio e Transporte da Abiclor.
Os indicadores começaram a melhorar com a adoção, pela indústria e pelos parceiros do setor de transporte, de iniciativas visando treinar, capacitar e conscientizar os motoristas sobre a importância da condução segura e ao mesmo aprimorar os processos de gestão desde o transporte até a descarga de substâncias químicas no destinatário, com o objetivo de minimizar riscos e trabalhar preventivamente.
Segundo Oliveira, a meta é manter os indicadores de acidentes de transporte o mais baixo possível ou zerado. “É uma luta incansável, que não permite acomodação por parte da indústria. A sociedade precisa olhar para os benefícios dos produtos químicos presentes no nosso dia a dia e não para os riscos no transporte”, afirma.
A Comissão de Manuseio e Transporte da Abiclor que reúne toda a cadeia (produtor, distribuidor, transportador, fornecedor de serviços e usuários) a cada dois meses analisa e estuda os acidentes ocorridos, com intuito de compartilhar as informações e evitar que as ocorrências se repitam, buscando as boas práticas de Segurança, Saúde e Meio Ambiente no transporte de produtos do setor cloro-álcalis.
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