No dia anterior, a moeda norte-americana caiu 0,44%, vendida a R$ 3,8413.
O dólar opera em queda nesta terça-feira (4), sob influência do mercado internacional diante da preocupação com a economia norte-americana e os temores da guerra comercial mesmo depois da trégua entre Estados Unidos e China, e com mais um leilão de linha anunciado pelo Banco Central, de acordo com a Reuters.
Às 13h30, a moeda norte-americana caía 0,09%, vendida a R$ 3,8378. Veja mais cotações.
“O dólar perdendo terreno contra as principais divisas globais (parece ser um) movimento que indica remeter ao (banco central dos EUA) Fed e (o presidente) Jerome Powell mais cautelosos em termos de aperto monetário pelos EUA”, escreveu, segundo a Reuters, a corretora H.Commcor ao destacar ainda o recuo dos rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida pública dos EUA).
No exterior, o dólar caía forte ante a cesta de moedas e ante as divisas de emergentes, como os pesos mexicano e chileno.
Os investidores monitoram a expectativa para as taxas de juros dos Estados Unidos. O Federal Reserve (Fed, banco central do país) pode subir menos do que o previsto a taxa de juros no país, após o presidente instituição e a ata do último encontro de política monetária do Fed indicarem isso na semana passada.
Juros mais altos nos EUA têm potencial para atrair recursos aplicados em economias emergentes.
Os dados do relatório do mercado de trabalho dos EUA, na sexta-feira, serão, assim, um bom teste para o mercado, uma vez que um enfraquecimento dos números pode reforçar essa leitura, favorecendo a manutenção de recursos hoje aplicados em recursos emergentes como o Brasil.
A trégua comercial entre EUA e China também segue no foco, depois que, numa releitura, os investidores avaliaram que o encontro do final de semana ainda trouxe resultados muito pouco palpáveis e é preciso ver com andarão as negociações entre os países nos próximos 90 dias.
Cenário local
Internamente, as atenções se voltam novamente para a possibilidade de votação do projeto de cessão onerosa no Senado, após vários adiamentos. A aprovação permitirá leilão bilionário que ajudará o novo governo no ajuste das contas públicas.
A reforma da Previdência, principal aposta para esse ajuste, entretanto, ainda terá que ser negociada sob o chapéu do governo Jair Bolsonaro.
As declarações do futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, nesse sentido, no entanto, podem conter um pouco o otimismo do mercado, uma vez que avisou que o próximo governo não quer uma reforma apressada, embora a expectativa seja aprová-la no primeiro ano.
Atuação do BC
O Banco Central anunciou que fará nesta terça-feira mais um leilão de linha – venda com compromisso de recompra – com oferta de até US$ 1 bilhão, com o objetivo de dar liquidez ao mercado. No final de novembro, a autoridade já havia injetado US$ 3 bilhões em novos leilões de linha, além de ter rolado todo o vencimento de US$ 1,250 bilhão que venciam neste dia 4.
O BC já vendeu nesta sessão 13,83 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 1,383 bilhão do total de US$ 10,373 bilhões que vence em janeiro.
Se mantiver essa oferta diária e vendê-la nas próximas três semanas, como previu o BC em nota, terá feito a rolagem integral.
No dia anterior, a moeda norte-americana caiu 0,44%, vendida a R$ 3,8413.
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