Moeda segue perto da máxima de fechamento histórica; na véspera, fechou a R$ 4,147.
O dólar passou a oscilar perto da estabilidade nesta quarta-feira (29) após abrir em alta, atingindo a cotação de R$ 4,16 e se aproximando da máxima histórica de fechamento, de R$ 4,1631. Os investidores permanecem cautelosos diante da incerteza eleitoral e monitoram o cenário no exterior.
Às 12h25, a moeda norte-americana caía 0,36%, a R$ 4,1262. Na máxima do dia até agora, chegou a R$ 4,1641 e, na mínima, a R$ 4,1237. Já o dólar turismo era cotado a R$ 4,3016, sem o IOF.
Na véspera, o dólar fechou a R$ 4,147. Já o dólar turismo terminou o dia negociado próximo dos R$ 4,31, sem considerar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
O mercado aguarda a divulgação de nova pesquisa de intenção de votos para a disputa presidencial, e continua à espera do início da campanha de rádio e televisão na sexta-feira.
No exterior, o dólar subia ante a cesta de moedas, uma vez que o alívio recente em torno do acordo comercial entre os Estados Unidos e o México dava lugar à preocupação entre os investidores de que o conflito entre norte-americanos e chineses não terminará em breve.
Além disso, os números do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no segundo trimestre também contribuíam para manter a moeda norte-americana pressionada. A economia norte-americana cresceu 4,2% de abril a junho, ante 4,1%estimados inicialmente.
Atuação do BC
O Banco Central anunciou na noite de terça-feira (28) que fará leilões de venda de dólares com compromisso de recompra na próxima sexta, para rolagem dos US$ 2,150 bilhões que vencem no próximo dia 5 de setembro.
Com isso, o BC retira qualquer pressão adicional sobre o câmbio por causa de dúvidas sobre esse vencimento. “Com o leilão de linha, o BC dá uma sinalização de que está de olho no mercado e vai entrar se necessário”, afirmou à Reuters a estrategista de câmbio do Banco Ourinvest Fernanda Consorte.
Nesta sessão, o BC ainda realiza leilão de até 4,8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de setembro, no total de US$ 5,255 bilhões. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
Apesar de o leilão de linha ter contribuído para a realização de lucro quando o dólar subia mais cedo, o mercado ainda segue bastante cauteloso, limitando a movimentação da moeda. “Está muito volátil, sem saber para onde ir”, explicou Fernanda ao se referir à indefinição do cenário eleitoral.
Novo patamar e perspectivas
A recente disparada do dólar, que voltou a romper a barreira dos R$ 4 após 2 anos e meio, acontece em meio às incertezas sobre o cenário eleitoral e também ao cenário externo mais turbulento, o que faz aumentar a procura por proteção em dólar.
Investidores têm comprado dólares em resposta a pesquisas que mostram uma fraqueza de candidatos voltados a reformas alinhadas com o mercado. Além disso, o nervosismo gera maior demanda por proteção, o que pressiona o real. Exportadores, empresas com dívidas em dólar e turistas preocupados correm para comprar e ajudam a elevar o preço da moeda americana.
Outro fator que pressiona o câmbio é a perspectiva de elevação das taxas básicas de juros nas economias avançadas como Estados Unidos e União Europeia, o que incentiva a retirada de dólares dos países emergentes.
A visão dos analistas é de que o nervosismo tende a continuar e que o mercado ficará testando novas máximas até achar um novo piso ou até que se tenha uma maior definição da corrida eleitoral.
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