*Por Yuri Maia
Uma jornada, como o próprio nome sugere, significa percorrer um caminho em determinado espaço de tempo. Atualmente, falamos em Jornada Cloud nas empresas sem nos dar conta de que esse processo, embora tenha suas etapas, trata-se, antes de tudo, de uma mudança que se reflete em melhorias contínuas, já que a tecnologia se renova a cada dia em alta velocidade. Na ânsia de acompanhar o ritmo das transformações, muitas companhias esbarram em erros cruciais que poderiam ser evitados com uma gestão eficiente das equipes de TI e otimização das ferramentas disponíveis para gerenciar o ambiente na nuvem.
Meu primeiro conselho às organizações é que comecem fazendo um mapeamento geral do time de TI, pois é importante identificar o modelo de infraestrutura mais indicada para suportar suas operações e, posteriormente, determinar o papel de cada colaborador envolvido neste processo. Com a escolha de uma infraestrutura adequada, é possível estabelecer um fluxo de desenvolvimento que coloque o sistema no ar minimizando riscos de indisponibilidade. Esse fluxo, em geral, precisa contemplar monitoramento constante para respostas rápidas aos incidentes, relatórios de análises de problemas no ambiente, programação de testes e planejamento até ser concluído com o desenvolvimento do produto final.
Outro aspecto importante é a forma de conduzir ações estratégicas, que se distanciam cada vez mais do famoso ‘feeling’. Isso porque já contamos com ferramentas de análises de dados que minimizam os riscos e dão maior segurança na tomada de decisões para que elas não sejam feitas como um ‘tiro no escuro’. Digo isso, pois já vi muitas empresas serem conduzidas por seus executivos sem que eles se dessem ao trabalho de consultar métricas simples do próprio negócio para direcionarem esforços e investimentos onde é, de fato, necessário e mais urgente. É muito mais fácil estabelecer prioridades quando você está munido de dados que embasam suas ações.
Com isso em mente, vale lembrar da máxima que diz que “o que não está automatizado, está suscetível a erros humanos”. Portanto, todos os processos internos que não forem otimizados com o uso da tecnologia despendem de mais tempo para serem executados e entregues e, ainda, podem falhar. Em um cycle time normal, que é o tempo entre uma aplicação ser desenvolvida e ficar pronta, é aceitável falarmos em dias e não em semanas, como observo que ainda acontece em algumas organizações. Em situações como essas o ponto de partida, como dito anteriormente, é rever o escopo da equipe e identificar os gargalos que podem ser solucionados por meio de uma gestão ágil.
Em substituição aos alertas e alarmes que eram utilizados para acompanhar o gerenciamento do ambiente na nuvem, já existe o modelo de observabilidade, que prevê o monitoramento constante das aplicações. Ainda se tratando dos avanços da tecnologia cloud, podemos citar a arquitetura de microserviços onde o segredo é dividir a equipe em núcleos menores para que todas as falhas sejam identificadas e corrigidas ao longo do desenvolvimento de cada aplicação. Além desses novos conceitos também é importante que os profissionais técnicos pensem na infraestrutura como um código para que ela possa ser automatizada. Todas essas mudanças garantem ganhos em tempo, produtividade e qualidade dos serviços desenvolvidos.
Feito isso e após colocar a casa em ordem muitas empresas optam pela contratação de terceiros para fazer o gerenciamento e manutenção do ambiente na nuvem. O cuidado neste sentido é com relação à escolha dos parceiros, pois é necessário garantir que todo o trabalho desenvolvido internamente não seja em vão. O erro na hora de lidar com fornecedores acontece, na maioria das vezes, quando não se faz uma pesquisa de mercado ou se rende a uma briga de preços que nem sempre garantem qualidade no atendimento.
*Yuri Maia é Engenheiro DevOps Sr da Mandic Cloud Solutions.
Assessoria de Imprensa
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