No dia 6 de maio, às 9h00, será realizdo no Auditório Dom Gilberto Pereira Lopes, no Campus I da PUC-Campinas, o lançamento oficial do IoT Academy da PUC-Campinas, um laboratório que permitirá o acesso e demonstrações de um conjunto de tecnologias de Internet das Coisas, com serviços para empresas, startups, alunos e professores. A abertura terá a palestra com Guilherme de Paula Corrêa, chefe do núcleo de IoT do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. O evento é aberto e os interessados podem se inscrever pela internet no link www.sympla.com.br/lancamento-iot-academy__504598.
Estarão presentes na abertura o Reitor da PUC-Campinas, Prof. Dr. Germano Rigacci Júnior, o Prof. Dr. Marcelo Knobel, Reitor da Unicamp, Alexandre Bueno, CEO Fibo (empresa parceira do IoT Academy, e André Von Zuben, Secretário de Desenvolvimento Econômico, Social e de Turismo da Prefeitura de Campinas.
A Internet das Coisas, ou IoT (Internet of Things), é vital para o desenvolvimento do País, com aplicações em setores essenciais para a economia nacional, como a agricultura, indústria, saúde e funcionamento das cidades. Essas áreas foram escolhidas como as quatro prioridades do Plano Nacional de Internet das Coisas, desenvolvido no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
Com ela, é possível, por exemplo, o agricultor ter informações em tempo real se sua plantação precisa de mais ou menos água, se está no ponto certo da colheita e acoplar equipamentos que podem ser acionados automaticamente. Uma pessoa com doença crônica poderá ter dispositivos em seu corpo que indiquem se está às vésperas de uma crise, indicando os medicamentos necessários e até acionando o médico ou resgate.
O engenheiro eletrônico Guilherme de Pádua Corrêa, o palestrante convidado para a inauguração do Espaço IoT Academy, é um dos responsáveis pela criação do plano nacional e abordará a importância da elaboração de diretrizes para as políticas públicas voltadas ao setor.
Ele falará sobre o plano nacional e como investimentos em internet das coisas no Brasil poderão reduzir até 2025 (comparado aos dados de 2018) em 15% o tempo no trânsito nas grandes cidades, em 20% a violência, em 30% as crises graves de doenças crônicas, em 40% os custos de manutenção de equipamentos médicos, em 20% o uso de agrotóxicos e fertilizantes no campo e em 20% os acidentes em plataformas e minas.
Junto a isso, a produção nas fazendas poderá aumentar em 25% e a produtividade nas indústrias cresceria até 40%. Isso injetaria na economia, comparado a 2018, até US$ 27 bilhões devido às melhorias nas cidades, até US$ 39 bilhões na saúde, US$ 21 bilhões na agricultura e US$ 45 bilhões na indústria.
Abaixo algumas questões respondidas pelo palestrante e que serão abordadas em sua apresentação:
Quando começou a elaboração do Plano Nacional de Internet das Coisas e quais são as prioridades?
Em 2014 começou o trabalho da Câmara IoT no Ministério das Comunicações, desenvolvido agora no MCTIC. As quatro áreas consideradas prioritárias foram a agricultura, cidade, indústria e saúde. O plano está estruturado e deve ser promulgado por Decreto Presidencial ainda neste primeiro semestre.
Para funcionar plenamente, todas as tecnologias de IoT desenvolvidas precisam se “conversar”. Como isso é definido?
Isso é o que chamamos de “interoperabilidade”, que é como as tecnologias que serão desenvolvidas em diferentes empresas e centros de pesquisa se conectam. Cada um terá sua própria tecnologia, mas é preciso ter um padrão para que eles se comuniquem e troquem informações. Mas, além desse desafio, também há outros pontos muito importantes, como infraestrutura, a segurança dos dados, a privacidade.
Há também um trabalho com universidades, centros de pesquisa e Ministério da Educação para capacitar profissionais que vão trabalhar nessa área?
O profissional que trabalha com IoT precisa ser polivalente, generalista, conhecer hardware, software, plataformas, um pouco de tudo. Conversamos com o MEC sobre a necessidade de ter cursos em nível técnico com essas características. Achamos que esses profissionais técnicos serão essenciais. As universidades e centros de pesquisa serão muito importantes nas parcerias com empresas, ajudando a criar um ecossistema ligando inovação e produção. Também precisamos ter parcerias e troca de informações com outros países.
Departamento de Comunicação da PUC-Campinas
Assessoria de Imprensa
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