Na quinta-feira (6), último pregão, o dólar fechou em queda de 1,11%, a R$ 4,0966.
O dólar opera com pequenas variações nesta segunda-feira (10), abaixo do patamar de R$ 4,10, de olho do cenário político e à espera de novas pesquisas eleitorais.
Às 13h07, a moeda norte-americana subia 0,28%, negociada a R$ 4,1079 na venda. Na abertura, chegou a bater R$ 4,0533.
Na quinta-feira (6), último pregão, o dólar fechou em queda de 1,11%, a R$ 4,0966. Já no ano, tem valorização de cerca de 23%.
O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 10,9 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de outubro, no total de US$ 9,801bilhões. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
Cenário local e externo
Internamente, o mercado segue de olho no cenário político após o atentado sofrido na quinta-feira pelo candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, e aguarda a divulgação da pesquisa Datafolha, esperada para após o fechamento do mercado nesta segunda-feira.
No cenário externo, há ainda preocupação sobre os efeitos da guerra comercial depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou que está pronto para seguir adiante e aplicar tarifas sobre mais US$ 267 bilhões, além dos US$ 200 bilhões sobre bens do país asiático que devem ser taxados nos próximos dias.
O dólar operava em baixa ante uma cesta de moedas, e apresentava movimento misto ante divisas emergentes.
Novo patamar e perspectivas
A recente disparada do dólar, que voltou a romper a barreira dos R$ 4 após 2 anos e meio, acontece em meio às incertezas sobre o cenário eleitoral e também ao cenário externo mais turbulento, o que faz aumentar a procura por proteção em dólar.
Investidores têm comprado dólares em resposta a pesquisas que mostram intenção de voto mais baixa para candidatos considerados mais pró-mercado e comprometidos com a agenda de reformas e ajuste das contas públicas.
As incertezas e o nervosismo geram maior demanda por proteção em dólar, o que pressiona a cotação da moeda. Importadores, empresas com dívidas em dólar e turistas preocupados passam a comprar mais dólares também e contribuem para elevar o preço da moeda norte-americana.
Outro fator que pressiona o câmbio é a elevação das taxas básicas de juros nas economias avançadas como Estados Unidos e União Europeia, o que incentiva a retirada de dólares dos países emergentes. O mercado tem monitorado ainda a guerra comercial entre Estados Unidos e seus parceiros comerciais e a crise em países como Argentina e Turquia.
A visão dos analistas é de que o nervosismo tende a continuar até achar um novo piso ou até que se tenha uma maior definição da corrida eleitoral.
A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 ficou estável em R$ 3,80, segundo boletim Focus divulgado na segunda-feira (10) pelo Banco Central. Para o fechamento de 2019, permaneceu inalterada em R$ 3,70 por dólar.
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