Por Carolina Cabral*
A quarentena adotada para diminuir o contágio pelo novo coronavírus, ao mesmo tempo que reduziu o número de pessoas infectadas, também trouxe uma crise econômica mundial que afeta toda a cadeia produtiva, incluindo comércio e serviços.
Nesse contexto, a área de supply chain também foi impactada, sendo exposta a diversos desafios estratégicos e operacionais. Enquanto setores essenciais, como o alimentício e de medicamentos, se tornaram os mais demandados, outros pararam, como shopping centers e cinemas.
A área de supply chain enfrentou atrasos e até mesmo interrupções de fornecimento, impactos nas demandas de seus clientes, aumentos de custos, riscos logísticos, além de dificuldades com importações e exportações de produtos.
Com todos os desafios já existentes na operação, ainda houve mudança cultural para muitas empresas, com a implantação do home office. Algo que não era tão comum na realidade brasileira e fez com que as empresas se reinventassem do dia para a noite.
Isso modificou diretamente os papéis e responsabilidades das áreas de Compras e Logística, que até então eram muito cobradas para reduzir custos, com o objetivo de comprar e entregar com o menor desembolso para a empresa.
Porém, essas áreas já vinham em um processo de aperfeiçoamento e até mesmo se reinventando para agregarem ainda mais valor para as empresas e, com essa mudança total de cenário, foi necessário acelerar a adequação e torná-las áreas estratégicas. Isso só foi possível através da tecnologia.
Agora, com o distanciamento social, a melhor forma de gerir a empresa, assim como suas demandas e as equipes é por meio de ferramentas tecnológicas. Além de garantirem o compliance, facilitam a comunicação entre os envolvidos, como requisitantes, compradores e fornecedores. Também ajudam a comparar indicadores e preços, ter acesso a marketplace com milhares de fornecedores, gerenciar entregas, entre outras ações.
Existem soluções que permitem tornar o processo de compras totalmente digital e integrado, desde a gestão de fornecedores até o controle de pagamento de notas fiscais. Em logística não é diferente, é possível gerir os processos da área desde a criação de viagens até a entrega de produtos, em uma plataforma intuitiva. Com isso, há ganho de eficiência e redução de custos. São importantes recursos, tanto em compras quanto em logística, capazes de dar agilidade para toda a cadeia de suprimentos e que ajudaram – e ajudam – as empresas a se adaptarem ao cenário atual.
Vale notar que a adequação aos novos tempos foi rápida, quando consideramos que presenciamos algo nunca antes vivido, sem que haja a possibilidade de se buscar algum embasamento histórico para ajudar nas tomadas de decisões.
O ajuste rápido vai ao encontro da dinâmica de aproximação entre cliente e fornecedor. Pois, assim como existem setores em alta, há muitos outros em baixa, tornando a parceria entre as duas partes essencial e estratégica para que ocorram novos ajustes.
O sucesso da adequação irá variar de empresa a empresa e não existe fórmula para isso. Mas sabemos que a aproximação entre clientes e fornecedores, com transparência e visibilidade, a fim de que juntos tomem as melhores decisões, tem sido a melhor escolha para todos.
*Carolina Cabral, Head of Procurement da Nimbi, empresa de tecnologia especializada em supply chain management. Contato: nimbi@nbpress.com
Assessoria de Imprensa
O post Supply chain em tempos de mudanças na demanda apareceu primeiro em CargoNews.
Fonte: cargonews.com.br