O iFood vai financiar a compra de motos elétricas para seus entregadores. A medida faz parte do Regenera, um plano de impacto ambiental positivo que tem o objetivo de atuar em duas grandes frentes: neutralizar a emissão de carbono e reduzir o uso de plásticos.
“No começo da pandemia, nos vimos fazendo parte de um setor essencial. E entendemos que o crescimento tem que andar de mãos dadas com o meio ambiente. Com muita humildade, conversando com especialistas, chegamos à conclusão que o iFood poderia ter maior impacto nessas duas questões: CO2 e plásticos”, disse Gustavo Vitti, vice-presidente de Pessoas e Soluções Sustentáveis no iFood, segundo o site 6 Minutos”.
No caso da neutralização da emissão de carbono, o iFood vai financiar a compra de motos elétricas para seus entregadores, que atualmente são cerca de 160 mil. As motos serão produzidas pela Voltz, que ampliará sua capacidade fabril com a abertura de uma unidade na Zona Franca de Manaus.
Para facilitar a compra, o iFood vai fechar parcerias com dois bancos. Pelos cálculos de Vitti, uma moto elétrica custa cerca de R$ 14 mil, R$ 4 mil a mais que uma moto da mesma categoria.
Sem detalhar as condições desse crédito, ele disse à publicação que a ideia é que o valor da prestação seja equivalente aos gastos mensais do entregador com combustível e manutenção. “Algumas motos já estão sendo testadas e quem usou disse que a experiência é muito boa.”
A meta do iFood é que 50% das suas entregas sejam feitas por modais não poluentes até o fim de 2025. Para que essa meta seja cumprida, a empresa fechou uma parceria com a Tembici para permitir o aluguel de bikes elétricas para os entregadores. Além das motos e bikes elétricas, o iFood aposta na expansão do uso de patinetes e bikes convencionais.
Diminuição no uso de plástico
O iFood aposta em mudanças de hábitos do consumidor para reduzir o uso do plástico. Por isso, a empresa passou a perguntar no app se as pessoas querem receber talheres de plástico em seus pedidos. O próximo passo é perguntar se desejam receber sachês de molhos e temperos.
A empresa também criou um selo para reconhecer as boas práticas ambientais dos restaurantes cadastrados no iFood.
“Essas iniciativas contribuem para a redução do consumo de itens plásticos que, muitas vezes, são enviados sem serem solicitados e acabam indo para o lixo sem utilização. Nos primeiros testes que fizemos, 90% dos consumidores utilizaram o recurso, o que resultou na redução de dezenas de milhares de talheres e mostra o desejo do usuário em receber menos resíduos nas suas casas”, disse Vitti.
Em outra frente, o iFood vai incentivar uma pesquisa sobre embalagens que utilizam matérias-primas de fontes renováveis, como o papel. “Os materiais usados hoje não são escaláveis. Queremos encontrar um material tão bom e barato quanto as embalagens atuais para que os restaurantes tenham interesse em trocar de material”, disse o executivo.
Ainda segundo a publicação, o Regenera também prevê investimentos em cooperativas de reciclagem para melhoria das estruturas e maquinários das cooperativas. Além disso, o iFood investirá na construção de uma nova central de triagem semi-mecanizada, em São Paulo, que tem potencial para aumentar as taxas de reciclagem na cidade e aumentar a renda dos cooperados.
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Fonte: newtrade.com.br