No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 1,24%, vendida a R$ 3,7422.
O dólar opera em queda nesta quinta-feira (25), em sintonia com o movimento no exterior, onde as moedas emergentes se recuperavam do tombo da véspera, e com investidores aguardando a divulgação de mais uma pesquisa de intenção de voto à Presidência da República do Datafolha após o fechamento.
Às 12h15, a moeda norte-americana caía 1,17%, vendida a R$ 3,6983.
Cenário internacional
“A realização de lucros perde força no contexto internacional, dadas as oportunidades surgidas com as fortes quedas dos últimos dias, porém isso não significa que esteja decretado o fim da correção”, comentou à Reuters o economista-chefe da gestora Infinity, Jason Vieira, em relatório.
“Os fatores que deram o tom das tensões dos últimos dias continuam os mesmos”, acrescentou, citando preocupações com o Orçamento da Itália, crescimento da China, isolamento da Arábia Saudita e aumento de juros pelo Federal Reserve.
Essas preocupações ganharam na véspera ainda o reforço com envio de pacotes com supostos explosivos a lideranças democratas, a poucos dias das eleições parlamentares nos Estados Unidos, o que amplificou a fuga do risco na quarta-feira.
Nesta manhã, o aumento acima do previsto das encomendas de bens duráveis nos Estados Unidos acabou levando o dólar a bater a máxima da sessão, já que dá justificativa para o Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) continuar em sua trajetória de aperto monetário.
O indicador mostrou alta de 0,8% em setembro, ante previsão de queda de 1% dos economistas ouvidos pela Reuters. Outro dado robusto foi o de vendas pendentes de imóveis, que subiu 0,5% no mês passado, ante expectativa de que cairia 0,1%.
Mas os investidores especulam se os mercados acionários fracos poderiam inviabilizar os planos de o Fed continuar a aumentar os juros.
O dólar lá fora subia ante a cesta de moedas, mas caía ante divisas de países emergentes, como o peso chileno e a lira turca.
Cenário local
Internamente, os investidores acompanham o noticiário político, em dia de nova pesquisa de intenção de voto, do Datafolha, após o fechamento do mercado.
Os investidores monitoram o noticiário político, sobretudo em busca de informações “positivas” sobre o provável novo governo, no que diz respeito, principalmente, ao ajuste fiscal.
O Banco Central vendeu nesta sessão 7,7 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 6,93 bilhões do total de US$ 8,027 bilhões que vence em novembro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 1,24%, vendida a R$ 3,7422.
Perda de força
O dólar, que chegou a bater recorde do Plano Real em 13 de setembro, a R$ 4,1952, passou a perder força e caiu abaixo de R$ 3,70, acumulando no mês até esta quinta-feira queda preliminar de pouco mais de 8%, segundo cotação do ValorPro. No ano, no entanto, a alta acumulada é de mais de 11%.
A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 recuou de R$ 3,81 para R$ 3,75 por dólar, segundo previsão de analistas de instituições financeiras divulgada por meio de boletim de mercado pelo Banco Central nesta semana. Para o fechamento de 2019, permaneceu estável em R$ 3,80 por dólar.
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