LabCerrado fomentará o desenvolvimento sustentável territorial nas regiões de Porto Nacional e Araguaína, no Tocantins, e do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas, em Minas Gerais, por meio da estruturação de ecossistemas de inovação com o propósito de acelerar a geração e a adoção de tecnologias AGRO e a criação de novas oportunidades de empreendedorismo e agronegócios.
A Embrapa, por meio da Embrapa Cerrados, e a VLI – companhia de soluções logísticas que opera terminais, ferrovias e portos – estabelecem parceria, por meio de acordo de cooperação técnica e financeira, para a implantação do “LabCerrado – Aceleradora de Agroinovação dos Cerrados – Desenvolvimento Sustentável Agroterritorial”, que tem como propósito promover o desenvolvimento sustentável territorial em regiões de Cerrado selecionadas do Estado do Tocantins e de Minas Gerais – em uma área cultivável potencial de 10 milhões de hectares. A VLI investirá R$ 4 milhões na iniciativa, especialmente na estruturação do programa de aceleração de unidades produtivas rurais baseadas na produção de cultivos anuais de grãos (tais como soja e milho), bem como em pesquisa, desenvolvimento e inovação otimizada por condições de solo e clima.
O chefe-geral da Embrapa Cerrados, Sebastião Pedro da Silva Neto, afirma que essa é uma iniciativa inovadora, que visa ao crescimento da produção agropecuária de forma sustentável, por meio do aumento da competitividade dos empreendimentos rurais. “Serão estabelecidos novos sistemas de produção agrícola. Além de estimular o consumo de bens e serviços em suas áreas de atuação, o LabCerrado criará um círculo virtuoso, que gerará renda para esses estados, e promoverá a troca de conhecimentos, tecnologias e boas práticas agrícolas entre os atores envolvidos”, acrescenta.
Já o gerente-geral de marketing da VLI, Diego Zanella, enfatiza a importância da cooperação entre as duas empresas: “O LabCerrado extrapola as fronteiras de atuação convencional de uma empresa do nosso setor ferroviário, ao propor soluções para os desafios da produção agrícola nas regiões de influência do nosso sistema logístico. A capilaridade da nossa malha e a parceria com a Embrapa nos permitem alcançar uma série de territórios e atores do setor agropecuário, fazendo desta iniciativa um verdadeiro vetor de desenvolvimento econômico e social”.
As regiões selecionadas para o LabCerrado têm em comum grandes extensões de áreas de pastagens e agrícolas que podem ser melhor aproveitadas e uma infraestrutura logística capaz de suportar, com eficiência, o escoamento da produção.
“O LabCerrado foi pensado como uma proposta que gera e compartilha valor para toda uma cadeia produtiva. Atuaremos na mobilização e engajamento dos produtores e demais agentes, como entidades e associações do agro, poder público, indústria, tradings, setor financeiro e outras empresas interessadas em unir forças à VLI e à Embrapa neste projeto”, ressalta Zanella.
Entre os resultados esperados em médio e longo prazos estão o aumento da produtividade e da área cultivada e o desenvolvimento socioeconômico das regiões.
Tecnologias para o desenvolvimento territorial
O Cerrado hoje se destaca na produção agropecuária. O bioma contribui com cerca de 55% da produção da carne brasileira, 49% do milho e da soja, além de outros produtos importantes como algodão (98%), cana-de-açúcar (47%), feijão (43%), sorgo (89%) e café (27%).
No escopo do LabCerrado estão tecnologias com ênfase na sustentabilidade ambiental, tais como o plantio direto, recomendações de adubação e correção de solos otimizadas, aplicação de bioinsumos, manejo integrado de pragas e doenças, entre outras, capazes de reduzir os impactos ambientais e os custos das lavouras sem perda de produtividade, bem como a ampliação da adoção de sistemas integrados de produção (integração lavoura-pecuária e integração lavoura-pecuária e floresta).
O programa propõe, entre outras ações, o estabelecimento de Unidades Especiais de Referência para Inovação – UERIs, para cada região selecionada, para operarem como espaços de interação e promoção com foco na aceleração de agronegócios, bem como Unidades Experimentais para Agroinovação – UEAs em áreas de fazendas com o principal propósito de desenvolver sistemas de produção de cultivos de alto desempenho agronômico e ambiental para que sejam aplicados nas unidades produtivas comerciais de cada região. O processo tem como objetivo intensificar com sustentabilidade a capacidade de produção em áreas de cultivo consolidado, bem como no melhor aproveitamento de áreas de pastagens degradadas, convertendo-as em áreas agrícolas ou para a produção integrada de grãos e pecuária (integração lavoura-pecuária). O conjunto das estratégias objetiva o desenvolvimento social e econômico, com ganhos ambientais.
Assessoria de Imprensa
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Fonte: cargonews.com.br