Parte expressiva dos produtos exportados e importados em 2020 corresponde a esses segmentos; trocas comerciais com a China têm nova queda
Uma análise recente do Observatório PUC-Campinas, baseada em dados extraídos do Ministério da Economia, mostra que a atividade econômica da Região Metropolitana de Campinas (RMC) está crescendo nas indústrias química, farmoquímica e agroquímica. Juntos, esses segmentos responderam por parte expressiva dos produtos exportados e importados em 2020. (VEJA AQUI ESTUDO COMPLETO)
Comparado aos dois primeiros meses de 2019, houve crescimento na venda externa de insumos ligados à agricultura, como soja e algodão, e às indústrias química e farmoquímica, que tiveram aumentos nas exportações de medicamentos e agroquímicos. Em relação às importações, houve também expansão na compra de produtos associados a tais setores, como compostos orgânicos e inorgânicos, antissoros e vacinas.
Em contrapartida, os números indicam desaquecimento nas indústrias de aparelhos telefônicos, eletrônicos e, ainda, no setor automobilístico. Em 2020, os dados referentes à balança comercial exibem quedas nas exportações, por exemplo, de automóveis, peças e pneus. Se comparadas ao mesmo período do ano passado, as compras externas de computadores, partes e acessórios de veículos e circuitos eletrônicos integrados, que integram lista dos principais produtos da pauta de importação na região, foram realizadas em menor escala.
Fevereiro
Os dados relativos apenas ao mês de fevereiro confirmam a tendência de expansão nos setores das indústrias química, farmoquímica e agroquímica. No período, foram constatados aumentos nas exportações de óleos e outros resíduos de soja, medicamentos e polímeros. As importações de compostos químicos orgânicos e inorgânicos, além de agroquímicos, tiveram crescimento.
De modo geral, levando em consideração todos os segmentos produtivos, houve decrescimento de 12,4% nas exportações e 3,2% nas importações em relação ao mesmo período de 2019. Com isso, a RMC encerra os dois primeiros meses do ano tendo importado 1,96 bilhões de dólares e exportado 563,6 milhões. O déficit comercial em 2020 é, portanto, de US$ 1,4 bilhão.
“Em suma, o déficit comercial da RMC continua elevado, embora em contração pela queda das importações. Para o desenvolvimento econômico sustentado, é desejável reduzir a dependência externa e aumentar a competitividade por meio das exportações, principalmente em produtos de maior complexidade econômica”, diz o economista Paulo Oliveira, responsável pelo estudo.
China
A atividade comercial com a China, principal fornecedora da indústria regional, apresentou mais uma vez retração em virtude da epidemia de Coronavírus. Em relação a fevereiro de 2019, houve queda de 12,5% nas importações, sobretudo na compra de produtos como telefones, partes e acessórios de máquinas de escritório, circuitos eletrônicos integrados e compostos químicos. As vendas para o país asiático, por sua vez, caíram 70,1%.
Apesar de algumas evidências, o professor extensionista mantém cautela. “Os dados reforçam a hipótese de que o efeito da queda está relacionado à epidemia do Coronavírus na China. Em todo caso, estes impactos devem ficar mais claros com os resultados dos próximos meses”, frisa Oliveira.
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Observatório PUC-Campinas
O Observatório PUC-Campinas, lançado no dia 12 de junho de 2018, nasceu com o propósito de atender às três atividades-fim da Universidade: a pesquisa, por meio da coleta e sistematização de dados socioeconômicos da Região Metropolitana de Campinas; o ensino, impactado pelos resultados obtidos, que são transformados em conteúdo disciplinar; e a extensão, que divide o conhecimento com a comunidade.
A plataforma, de modo simplificado, se destina à divulgação de estudos temáticos regionais e promove a discussão sobre o desenvolvimento econômico e social da RMC. As informações, que englobam indicadores sobre renda, trabalho, emprego, setores econômicos, educação, sustentabilidade e saúde, são de interesse da comunidade acadêmica, de gestores públicos e de todos os cidadãos.
Assessoria de Imprensa
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Fonte: cargonews.com.br