Carreta lançada pela fabricante de implementos Pastre ficou 600kg mais leve, mais econômica, com redução de consumo de mais de 80 litros de óleo diesel a cada 10 mil quilômetros por mês, permitindo assim reduzir a emissão de gases poluentes
A frequente alta dos combustíveis, amplamente discutida por conta da repercussão da greve dos caminhoneiros, é um dos fatores que tem feito com que os transportadores busquem cada vez mais alternativas para rentabilizar as operações e não repassar os custos no frete aos clientes. Uma das soluções encontradas pela Pastre, fabricante de implementos rodoviários para o transporte de cargas, foi a produção de uma carreta porta-container em Strenx, aço estrutural de alta resistência da siderúrgica sueca SSAB, desenvolvido para os setores em que a alta resistência estrutural e a redução de peso são fatores competitivos importantes, especialmente na indústria de elevação de carga, movimentação e transporte. O equipamento com 600 kg mais leve gerou economia de 84 litros de óleo diesel a cada 10 viagens por mês (média de mil quilômetros por viagem), além de reduzir emissões de CO2 na atmosfera.
Lauro Pastre Jr., diretor-industrial na Pastre, explica que para esse tipo de implemento rodoviário, o aço de alta resistência é pouco procurado, mas ressalta que o fator consumo de combustível tem feito com que as transportadoras busquem por equipamentos mais leves. “O transportador que está preocupado com o consumo do combustível, que presta atenção nos detalhes do transporte e que está atrás de uma operação mais econômica, sabe que se tiver um produto mais leve, vai consumir menos combustível quando o equipamento estiver carregado e vazio também”.
A Pastre utilizou o Strenx 700 no porta-container, alcançando uma redução de 600 quilos, o que representa uma redução de 10% no peso total da carreta. “Isso pode ser traduzido em aumento de carga útil ou 600 quilos a menos em toda viagem, reduzindo as emissões de gás carbônico na atmosfera. Para o bolso do transportador, se percebe no momento do abastecimento e o efeito imediato principal é combustível a menos”, afirma o diretor.
Lauro Pastre Jr. conta que foi feita uma projeção inicial de peso do implemento na proposta para o cliente, quando este colocou o implemento pronto na balança e constatou uma redução adicional de 200 quilos. “Quando ele viu que estava mais leve do que a proposta inicial, já fez o pedido do segundo equipamento”, comenta.
“600 quilos a menos em relação à concorrência é uma redução bem significativa”, diz Nadir Ângelo Bertol, fundador e diretor da 4N Transportes, empresa que adquiriu o porta-container fabricado pela Pastre. “Com economia de mais de 80 litros de combustível a cada 10 mil quilômetros por mês, economizamos R$ 270,00 por mês resultando em pouco mais de R$ 3.000 por ano. A redução do peso também reflete no consumo de lonas e pastilhas de freio, dá diferença, além de conseguirmos rentabilizar melhor o frete”, comenta.
Para a fabricação do porta-container, o diretor da Pastre aponta que estudos e ajustes foram necessários durante o processo. “Quando colocamos um container carregado sobre um implemento, sua estrutura é arqueada e quando é removido, volta à sua condição normal. E como o container é fixado acima na estrutura por quatro pinos de fixação, esse arqueamento na estrutura dificultou um pouco o desenvolvimento da solução, pois, ao mesmo tempo em que é preciso ter uma estrutura mais leve, ela precisa ter uma certa rigidez, pois ao colocar um container carregado, a estrutura do chassis poderia ceder e ao retirar o container , não seria possível mais destrava-lo de cima do chassi”, ressaltando que com vários estudos chegaram à solução ideal. “Com o tempo, chegamos a uma estrutura com a rigidez necessária para o transporte e com a leveza que satisfaz o cliente”, completa.
O diretor da Pastre conta que o investimento em aço de alta resistência tem um retorno rápido por conta do custo-benefício. “A redução do consumo de diesel já é sentido no bolso do transportador e dali para frente, ele só vê vantagem com os outros benefícios: redução dos gastos com manutenção e menor emissão de CO2 na atmosfera”, conclui o diretor.
A Pastre já utiliza aços de alta resistência em seus equipamentos e há anos é parceira da SSAB. A empresa também faz parte do programa My Inner Strenx. “Desde o início de nossa parceira, em 2004, a SSAB nos orientou sobre o que poderíamos ou não fazer, nos apoiando na soldagem, no corte e na conformação do aço”, salienta Lauro Pastre Jr.. “Sem o apoio desse pacote de serviços técnicos da siderúrgica, não teríamos tido sucesso. Hoje, já temos o know hall, que foi a SSAB que nos trouxe. Não há outra empresa que faça esse trabalho, é um diferencial muito importante, além de ter um material de altíssima qualidade”, finaliza.
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