Decisão do Ministro Guedes pela abertura imediata do mercado de gás natural cria enormes perspectivas positivas para o setor
São Paulo, abril de 2019 – O déficit acumulado na de produtos químicos atingiu US$ 6,9 bilhões no primeiro trimestre do ano. O valor, que é recorde para o período, representa um aumento de 23,9% em relação ao mesmo trimestre de 2018. Nos últimos 12 meses (abril de 2018 a março de 2019), o indicador totaliza US$ 30,9 bilhões, 4,4% acima do déficit de US$ 29,6 bilhões do consolidado do ano passado.
Nos três primeiros meses deste ano, as importações de produtos químicos foram de US$ 9,9 bilhões, uma elevação de 9,9% em relação ao mesmo período de 2018, apenas inferiores ao total de US$ 10,1 bilhões entre janeiro e março de 2013 (ano do déficit recorde de US$ 32 bilhões). Os produtos químicos para o agronegócio (fertilizantes e seus intermediários e defensivos agrícolas), com aumentos superiores aos 50%, foram particularmente impactantes para o incremento do valor total importado, sendo muito preocupante o contínuo aumento de preços, acumulado em 14,4% no trimestre, com o anúncio da parada da FAFEN (fábrica de fertilizantes nitrogenados).
Já as exportações, por sua vez, de US$ 3 bilhões, significaram uma redução de 12,4% na mesma comparação. O insatisfatório resultado de vendas ao exterior foi marcado, no trimestre, pela frágil situação econômica e comercial da Argentina, principal parceiro comercial brasileiro em produtos químicos.
Em termos de volumes, as importações de produtos químicos, de 10,4 milhões de toneladas, entre janeiro e março, apontaram um aumento de expressivos 22,5% (especialmente puxado pelo aumento em intermediários para fertilizantes), ao passo que as exportações foram de 3,1 milhões de toneladas, diminuição de 18,7% em relação ao primeiro trimestre de 2018. Levando em consideração as perspectivas de retomada do nível de atividade econômica no Brasil, a expectativa de uma safra favorável em 2019 e as dificuldades econômicas da Argentina, a projeção é de um déficit, até o final desse ano, de mais de US$ 32 bilhões, superior ao recorde de 2013, sendo uma evidência inequívoca do alto nível setorial de exposição comercial externa e, ao mesmo tempo, um indicador central para o Governo na condução de uma política comercial responsável e inteligente.
“Defendemos um processo de inserção comercial responsável e inteligente, que deve ser concomitante à resolução dos graves problemas estruturais brasileiros em termos de logística, custo de energia, disponibilidade e custos de matérias-primas e insumos fundamentais, como o gás natural, todos esses fatores comumente denominados de “Custo Brasil”, e igualmente acompanhado do conjunto de reformas preconizadas pelo Governo, em especial àquelas da previdência e tributária, que assegurarão novo patamar de competitividade às empresas brasileiras, que já são extremamente competitivas “da porta para dentro”, destaca Denise Naranjo, diretora de assuntos de comércio exterior da Abiquim.
Para o presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo, a abertura imediata do mercado de gás natural cria novas perspectivas positivas para o setor. “Depois de mais de duas décadas de inércia do Governo, a decisão do Ministro Guedes de atacar de frentes os entraves existentes para o uso do gás natural do Brasil é absolutamente correta e imprescindível para proporcionar mais competitividade para a indústria nacional”, destaca Figueiredo.
Assessoria de Imprensa
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