Na véspera, a moeda norte-americana caiu 1,25%, vendida a R$ 3,7312.
O dólar opera em queda nesta terça-feira (16), após divulgação da pesquisa Ibope para presidente na noite de segunda-feira e influenciado pelo ambiente de maior busca pelo risco no exterior.
Às 13h14, a moeda norte-americana caía 0,37%, vendida a R$ 3,7173.
Na mínima, o dólar chegou a R$ 3,6919, e na máxima, a R$ 3,7236.
O mercado está atento à movimentação no cenário eleitoral. A preferência dos investidores é por um candidato que imponha uma agenda de reformas, corte de gastos e ajuste fiscal.
“Passada a eleição, poderemos ver um fluxo de venda no dólar, mas com menor volume, já que os investidores começam a colocar nos preços a expectativa pelo plano do novo governo, principalmente reforma da Previdência”, afirmou à Reuters o sócio da assessoria de investimentos Criteria Investimentos, Vitor Miziara.
Segundo o operador da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado, a leitura otimista de investidores faz o mercado manter a resiliência de ativos locais, mas sem deixar de observar o clima no exterior.
No exterior, a terça-feira é marcada pela busca por ativos de maior risco, o que faz o dólar perder força ante as divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano.
A moeda tinha ainda leve baixa ante a cesta de moedas, permanecendo perto das mínimas de 3 semanas, após dados fracos dos Estados Unidos aliviarem a pressão sobre um banco central norte-americano mais hawkish na política de aumento dos juros.
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, a B3, opera em alta, chegando a ficar acima de 85 mil pontos.
Na véspera, a moeda norte-americana caiu 1,25%, vendida a R$ 3,7312.
O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 7,7 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de novembro, no total de US$ 8,027 bilhões. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
Ajustes nas perspectivas
Desde agosto, a moeda norte-americana vinha se mantendo acima de R$ 4, em meio a incertezas sobre o cenário eleitoral e também ao cenário externo mais turbulento, o que fez aumentar a procura por proteção em dólar.
A expectativa de que a cautela iria predominar nos mercados foi substituída por ajuste de posições nos últimos pregões, em meio ao resultado das últimas pesquisas eleitorais antes do 1º turno.
O mercado prefere candidatos com viés mais reformista e entende que aqueles com viés mais à esquerda não se enquadram nesse perfil. E, diante do resultado do 1º turno, o mercado entende que o país poderá ser governado por alguém com o perfil adequado à sua preferência.
A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 recuou de R$ 3,89 para R$ 3,81 por dólar, segundo previsão de analistas de instituições financeiras divulgada por meio de boletim de mercado pelo Banco Central nesta semana. Para o fechamento de 2019, caiu de R$ 3,83 para R$ 3,80 por dólar.
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