No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,97%, vendida a R$ 4,0863.
O dólar opera em alta nesta terça-feira (25), com os investidores repercutindo as últimas pesquisas eleitorais no país.
Às 13h43, a moeda norte-americana subia 0,93%, vendida a R$ 4,1242. Na máxima do dia até o momento, chegou a R$ 4,1414. O dólar turismo era negociado a R$ 4,30, sem considerar a cobrança de IOF (tributo).
No dia anterior, o dólar fechou em alta de 0,97%, vendida a R$ 4,0863. No ano, o dólar acumula alta de 24%.
Cenário interno e externo
Com o dólar alto, o Banco Central indicou que o cenário para inflação piorou e que pode subir os juros no futuro. A disparada da moeda tem potencial para gerar pressões inflacionárias no Brasil. Isso porque os produtos, insumos e serviços importados ficam mais caros na medida em que o dólar se valoriza.
O Banco Central ofertou e vendeu integralmente nesta sessão 10,9 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. O BC já rolou até esta sexta-feira US$ 8,720 bilhões em swaps cambiais do total de US$ 9,801 bilhões que vencem em outubro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
No mercado externo, o dólar tinha leve baixa ante a cesta de moedas. Mas subia ante divisas de países emergentes, como o peso mexicano e a lira turca, além do peso argentino.
Na Argentina, o presidente do banco central, Luis Caputo, renunciou ao cargo nesta terça-feira e será substituído pelo secretário de Política Econômica, Guido Sandleris, em meio às negociações de uma extensão do acordo de US$ 50 bilhões assinado com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Novo patamar e perspectivas
A recente disparada do dólar acontece em meio a incertezas sobre o cenário eleitoral e também ao cenário externo mais turbulento, o que faz aumentar a procura por proteção em dólar.
Investidores têm comprado dólares em resposta a pesquisas que mostram intenção de voto mais baixa para candidatos considerados mais pró-mercado. Na avaliação do mercado, os candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto são menos comprometidos com determinados modelos de reformas econômicas considerados fundamentais para o ajuste das contas públicas.
Na prática, as flutuações atuais ocorrem principalmente conforme cresce a procura pelo dólar: se os investidores veem um futuro mais incerto ou arriscado, buscam comprar dólares como um investimento considerado seguro. E quanto mais interessados no dólar, mais caro ele fica.
Outro fator que pressiona o câmbio é a elevação das taxas básicas de juros nas economias avançadas como Estados Unidos e União Europeia, o que incentiva a retirada de dólares dos países emergentes. O mercado tem monitorado ainda a guerra comercial entre Estados Unidos e seus parceiros comerciais e a crise em países como Argentina e Turquia.
A visão dos analistas é de que o nervosismo tende a continuar até que se tenha uma maior definição da corrida eleitoral.
A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 subiu de R$ 3,83 para R$ 3,90 por dólar, segundo o último boletim Focus do Banco Central. Para o fechamento de 2019, avançou de R$ 3,75 para R$ 3,80 por dólar.
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