Na última sessão, antes do primeiro turno, o dólar fechou em queda de 1,01%, vendida a R$ 3,8547.
O dólar opera em forte queda nesta segunda-feira (8), após os resultados das eleições realizadas no domingo.
Às 12h56, a moeda norte-americana caía 2,19%, vendida a R$ 3,7709.
Na mínima, o dólar atingiu R$ 3,7095, e na máxima, R$ 3,7809.
O resultado das eleições causou euforia entre os investidores, levando o principal índice da bolsa brasileira, a B3, a operar em alta de mais de 5%, acima de 86 mil pontos. As ações ordinárias e preferenciais da Petrobras chegaram a subir 12%.
“Parte da animação do mercado advém na renovação do Congresso. Essa renovação, independentemente da sigla partidária, dá esperança ao povo”, disse à Reuters o diretor de operações da Mirae, Pablo Syper, para quem, no entanto, a volatilidade deve continuar alta até o desfecho das eleições, com as pesquisas ainda ditando o humor do mercado.
O mercado doméstico operava na contramão do exterior, onde o dólar subia ante a cesta de moedas e ante as divisas de países emergentes.
O Banco Central ofertou e vendeu integralmente nesta sessão 7,7 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 2,310 bilhões do total de US$ 8,027 bilhões que vence em novembro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
Na última sessão, antes do primeiro turno, o dólar fechou em queda de 1,01%, vendido a R$ 3,8547. Foi o valor mais baixo desde o dia 9 de agosto (R$ 3,8023), repercutindo as últimas pesquisas eleitorais e após a divulgação dos dados do mercado de trabalho dos EUA.
Na semana passada, o dólar acumulou queda de 4,53%. Já no ano, a moeda tem valorização acumulada de 16,33%.
Ajustes nas perspectivas
Desde agosto, a moeda norte-americana vinha se mantendo acima de R$ 4, em meio a incertezas sobre o cenário eleitoral e também ao cenário externo mais turbulento, o que fez aumentar a procura por proteção em dólar.
A expectativa de que a cautela iria predominar nos mercados foi substituída por ajuste de posições nos últimos pregões, em meio ao resultado das últimas pesquisas eleitorais.
O mercado prefere candidatos com viés mais reformista e entende que aqueles com viés mais à esquerda não se enquadram nesse perfil. E, com o resultado das eleições, o mercado entende que o país poderá ser governado por alguém com o perfil adequado à sua preferência.
As flutuações costumam ocorrer conforme cresce a procura pelo dólar ou oferta: se os investidores veem um futuro mais incerto ou arriscado, buscam comprar dólares como um investimento considerado seguro. E quanto mais interessados no dólar, mais caro ele fica.
Outro fator que pressiona o câmbio é a elevação das taxas básicas de juros nas economias avançadas como Estados Unidos e União Europeia, o que incentiva a retirada de dólares dos países emergentes. O mercado tem monitorado ainda a guerra comercial entre Estados Unidos e seus parceiros comerciais e a crise em países como Argentina e Turquia.
A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 permaneceu em R$ 3,89 por dólar, segundo previsão de analistas de instituições financeiras divulgada por meio de boletim de mercado pelo Banco Central nesta segunda. Para o fechamento de 2019, ficou estável em R$ 3,83 por dólar.
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