Na véspera, a moeda norte-americana subiu 1,47%, vendida a R$ 4,1539.
O dólar opera em queda nesta quarta-feira (12), seguindo o clima positivo no exterior para países emergentes e após ter fechado em R$ 4,15 na véspera, renovando o maior valor do ano e aproximando-se da máxima histórica.
Os investidores continuam de olho no cenário político e nas novas pesquisas eleitorais sobre a corrida presidencial.
Às 12h53, a moeda norte-americana recuava 0,39%, negociada a R$ 4,1378 na venda. Na máxima do dia, o dólar chegou a R$ 4,1421.
Na véspera, a moeda norte-americana subiu 1,47%, vendida a R$ 4,1539.
6 pontos para entender por que o dólar está subindo tanto
O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 10,9 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de outubro, no total de US$ 9,801 bilhões. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
Novo patamar e perspectivas
A recente disparada do dólar, que voltou a romper a barreira dos R$ 4 após 2 anos e meio, acontece em meio às incertezas sobre o cenário eleitoral e também ao cenário externo mais turbulento, o que faz aumentar a procura por proteção em dólar.
Investidores têm comprado dólares em resposta a pesquisas que mostram intenção de voto mais baixa para candidatos considerados mais pró-mercado e comprometidos com a agenda de reformas e ajuste das contas públicas.
As incertezas e o nervosismo geram maior demanda por proteção em dólar, o que pressiona a cotação da moeda. Importadores, empresas com dívidas em dólar e turistas preocupados passam a comprar mais dólares também e contribuem para elevar o preço da moeda norte-americana.
Outro fator que pressiona o câmbio é a elevação das taxas básicas de juros nas economias avançadas como Estados Unidos e União Europeia, o que incentiva a retirada de dólares dos países emergentes. O mercado tem monitorado ainda a guerra comercial entre Estados Unidos e seus parceiros comerciais e a crise em países como Argentina e Turquia.
A visão dos analistas é de que o nervosismo tende a continuar até a moeda achar um novo piso ou até que se tenha uma maior definição da corrida eleitoral.
A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 ficou estável em R$ 3,80, segundo último boletim Focus do Banco Central. Para o fechamento de 2019, permaneceu inalterada em R$ 3,70 por dólar.
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