Na véspera, moeda dos EUA fechou em queda de 0,30%, a R$ 3,7201. Na parcial do mês, queda é 7,87%.
O dólar opera em queda nesta quarta-feira (17), voltando a ser negociado abaixo de R$ 3,70, com os investidores de olho na trajetória de juros nos Estados Unidos e no desfecho eleitoral no Brasil.
Às 12h48, a moeda norte-americana recuava 1,07%, vendida a R$ 3,6804. Na mínima do dia até o momento, chegou a R$ 3,6789, e na máxima a R$ 3,7453.
O dólar turismo era negociado ao redor de R$ 3,86, sem considerar a cobrança de IOF (tributo).
Após passar boa parte da manhã com leves oscilações, o dólar passou a recuar devido a um fluxo pontual de ingresso de recursos, de acordo com profissionais do mercado ouvidos pela Reuters.
Na véspera, o dólar fechou em queda de 0,30%, a R$ 3,7201, passando a acumular queda de 7,87% na parcial do mês. No ano, porém, ainda tem alta de 12,27%.
O Banco Central ofertou e vendeu integralmente nesta sessão 7,7 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 4,62 bilhões do total de US$ 8,027 bilhões que vence em novembro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
Cenário externo
O mercado aguarda a divulgação nesta tarde da ata do último encontro de política monetária do banco central dos Estados Unidos, que pode dar pistas sobre se a trajetória de aumento de juros no país será reforçada ou não, destaca a Reuters.
Mais cedo, o Departamento de Comércio dos EUA informou que a construção de novas moradias no país caiu 5,3% em setembro, mais do que o esperado, o que ajudou a aliviar a pressão sobre o dólar no mercado brasileiro, já que pode se traduzir em manutenção da trajetória de juros pelo Fed.
Por ora, o banco central norte-americano projeta mais uma alta dos juros uma em dezembro, três em 2019 e uma em 2020. Mas os indicadores norte-americanos recentes levaram a apostas de que o aperto possa ser mais intenso, mesmo com renovadas críticas do presidente Donald Trump, à atuação do Fed.
Ajustes nas perspectivas
Desde agosto, a moe norte-americana vinha se mantendo acima de R$ 4, em meio a incertezas sobre a corrida eleitoral e também ao cenário externo mais turbulento, o que fez aumentar a procura por proteção em dólar.
A expectativa de que a cautela iria predominar nos mercados foi substituída por ajuste de posições nas últimas semanas, em meio ao resultado do 1º turno e pesquisas de intenção de voto para o 2º turno.
O mercado prefere candidatos com viés mais reformista e liberal, e entende que aqueles com viés mais à esquerda não se enquadram nesse perfil. E cresce entre os investidores a percepção de que o país poderá ser governado por alguém com um perfil mais alinhado às suas preferências.
A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 recuou de R$ 3,89 para R$ 3,81 por dólar, segundo previsão de analistas de instituições financeiras divulgada por meio de boletim de mercado pelo Banco Central nesta semana. Para o fechamento de 2019, caiu de R$ 3,83 para R$ 3,80 por dólar.
Alguns especialistas apontam que uma nova rodada de queda do dólar no curto prazo não é descartada. Mas seria preciso um movimento bastante intenso de busca por risco no exterior ou uma nova onda de euforia com o cenário eleitoral, que poderia vir depois do resultado das urnas em 28 de outubro, destaca o Valor Online.
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