Na sexta-feira (21), a moeda norte-americana caiu 0,68%, vendida a R$ 4,0472.
O dólar opera instável segunda-feira (24), após atingr a mínima de R$ 4,03 e a máxima de R$ 4,07, com o cenário externo tranquilo favorecendo o avanço de boa parte das divisas emergentes, o que ajudava a conter o movimento de alta da moeda norte-americana no mercado doméstico.
Às 11h26, a moeda norte-americana subia 0,13%, vendida a R$ 4,0531.
Pesquisas eleitorais estão no radar dos investidores, apontando para um cenário com candidatos mais comprometidos com as reformas sem tração na corrida presidencial. Nesta semana, novas pesquisas são aguardadas, entre elas do Ibope nesta segunda-feira.
Os investidores também monitoravam o cenário internacional, em dia de forte avanço do preço do petróleo, que favorecia moedas como o rublo. O dólar também perdia força ante outras divisas de emergentes, como o rand sul-africano e a lira turca, enquanto exibia tímida baixa ante a cesta de moedas fortes, tendo a guerra comercial entre Estados Unidos e China como pano de fundo.
O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 10,9 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de outubro, no total de US$ 9,801 bilhões. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
Na sexta-feira (21), a moeda norte-americana caiu 0,68%, vendida a R$ 4,0472. No ano, o dólar opera em alta de 22%.
Novo patamar e perspectivas
A recente disparada do dólar acontece em meio a incertezas sobre o cenário eleitoral e também ao cenário externo mais turbulento, o que faz aumentar a procura por proteção em dólar.
Investidores têm comprado dólares em resposta a pesquisas que mostram intenção de voto mais baixa para candidatos considerados mais pró-mercado. Na avaliação do mercado, os candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto são menos comprometidos com determinados modelos de reformas econômicas considerados fundamentais para o ajuste das contas públicas.
Na prática, as flutuações atuais ocorrem principalmente conforme cresce a procura pelo dólar: se os investidores veem um futuro mais incerto ou arriscado, buscam comprar dólares como um investimento considerado seguro. E quanto mais interessados no dólar, mais caro ele fica.
Outro fator que pressiona o câmbio é a elevação das taxas básicas de juros nas economias avançadas como Estados Unidos e União Europeia, o que incentiva a retirada de dólares dos países emergentes. O mercado tem monitorado ainda a guerra comercial entre Estados Unidos e seus parceiros comerciais e a crise em países como Argentina e Turquia.
A visão dos analistas é de que o nervosismo tende a continuar até que se tenha uma maior definição da corrida eleitoral.
A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 subiu de R$ 3,83 para R$ 3,90 por dólar, segundo o último boletim Focus do Banco Central. Para o fechamento de 2019, avançou de R$ 3,75 para R$ 3,80 por dólar.
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