Na véspera, moeda dos EUA fechou em queda de 1,04%, a R$ 3,8768, interrompendo sequência de 5 altas.
O dólar opera instável nesta quarta-feira (28), com os investidores acompanhando a disputa comercial entre Estados Unidos e China e a nova intervenção do Banco Central por meio de leilão de linha.
Às 13h34, a moeda dos EUA subia 0,02%, cotada a R$ 3,8775. Veja mais cotações.
Na véspera, o dólar fechou em queda de 1,04%, a R$ 3,8768. No acumulado no mês, entretanto, ainda acumula alta de 4%. No ano, o avanço é de mais de 16%.
Depois de subir 4,75% em cinco pregões seguidos de alta, o Banco Central realizou na véspera leilão de US$ 2 bilhões em linha (com compromisso de recompra), vendido integralmente.
O Banco Central realiza nesta sessão mais dois leilões de linha com oferta total de US$ 1 bilhão, a metade da véspera, com o objetivo de dar liquidez ao mercado.
E também faz nesta sessão leilão de até 13,6 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de dezembro, no total de US$ 12,217 bilhões. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
“Leilão de linha e exterior estão garantindo a queda do dólar, mas acho que o leilão aqui pesa mais. O BC está dando liquidez para o mercado nessa época de saída. A tendência é o dólar dar uma estabilizada ao redor de R$ 3,70 até o final do ano”, disse à Reuters o gerente de câmbio da corretora Ourominas, Mauriciano Cavalcanti.
Cenário externo
No exterior, o ambiente está mais tranquilo neste pregão, depois que o assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, disse na terça-feira que uma reunião entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e seu colega chinês, Xi Jinping, na cúpula do G20 é uma oportunidade para “virar a página” sobre a disputa comercial.
Dessa forma, ele suavizou as declarações dadas por Trump na véspera de que era “altamente improvável” que ele aceitasse o pedido da China para suspender o aumento das tarifas.
Os investidores também estão à espera do discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. A fala de pode dar um indício mais claro sobre a trajetória de juros do país.
A preocupação com a desaceleração econômica mundial em meio ao ambiente comercial mais hostil tem levado os investidores a avaliarem que o banco central dos EUA pode ser mais sutil na trajetória de aumento de juros no país. Se isso acontecer, esse movimento beneficiaria emergentes como o Brasil ao manter a atratividade desses mercados aos investidores.
“Caso o impasse entre os EUA e a China não chegue a nenhuma conclusão, a tendência de elevações mais pontuais de juros começa a perder força, na expectativa por uma atividade econômica com menor crescimento, dirimindo a necessidade do contínuo aperto”, escreveu a gestora Infinity em relatório.
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