Na véspera, moeda dos EUA fechou em queda de 1,04%, a R$ 3,6815, valor mais baixo desde o dia 25 de maio.
O dólar opera em alta ante o real nesta quinta-feira (18), após ter fechado na véspera abaixo de R$ 3,70 pela primeira vez em quase cinco meses, de olho no cenário eleitoral.
Às 12h48, a moeda norte-americana subia 0,57%, vendida a R$ 3,7025.
Na véspera, o dólar fechou em queda de 1,04%, a R$ 3,6815, valor mais baixo desde o dia 25 de maio (R$ 3,665). No acumulado de outubro, a moeda recua 8,82%. No ano, contudo, ainda sobe 11,11%.
No exterior, o dólar operava com leves oscilações ante as moedas de emergentes, o que também não dá fôlego a uma maior correção na cotação doméstica, em meio ao otimismo com um desfecho favorável ao mercado das eleições presidenciais, destaca a agência Reuters.
Internamente, o mercado também aguarda para esta quinta divulgação de nova pesquisa Datafolha de intenção de votos para presidente.
O Banco Central ofertou e vendeu integralmente nesta sessão 7,7 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 5,005 bilhões do total de US$ 8,027 bilhões que vencem em novembro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
Perspectivas
Desde agosto, a moeda norte-americana vinha se mantendo acima de R$ 4, em meio a incertezas sobre a corrida eleitoral e também ao cenário externo mais turbulento, o que fez aumentar a procura por proteção em dólar.
Nas últimas semanas, porém, a expectativa de que a cautela iria predominar nos mercados foi substituída por ajuste de posições e uma intensa queda da moeda, em meio ao resultado do 1º turno e expectativas sobre o desfecho da corrida eleitoral.
O mercado prefere candidatos com viés mais reformista e liberal, e entende que aqueles com viés mais à esquerda não se enquadram nesse perfil. E cresce entre os investidores a percepção de que o país poderá ser governado por alguém com um perfil mais alinhado às suas preferências.
A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 recuou de R$ 3,89 para R$ 3,81 por dólar, segundo previsão de analistas de instituições financeiras divulgada por meio de boletim de mercado pelo Banco Central nesta semana. Para o fechamento de 2019, caiu de R$ 3,83 para R$ 3,80 por dólar.
A despeito das persistentes incertezas para a economia brasileira, alguns especialistas apontam que uma nova rodada de queda do dólar no curto prazo não é descartada. Mas seria preciso um movimento bastante intenso de busca por risco no exterior ou uma nova onda de euforia com o futuro cenário político e agenda de reformas.
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