Buscar uma inserção mais incisiva do Brasil nas cadeias globais de valor. Este é o desafio assumido pelo governo com o Acordo Mercosul-União Europeia. “Não é segredo que nossa relação PIB e comércio é bastante baixa. Nossa orientação clara é trabalhar em prol de uma inserção internacional mais taxativa”, frisou Alexandre Sampaio, Subsecretário de Negociações Internacionais, que palestrou, nesta quinta-feira, no ENAEX 2019.
“Com o Acordo, temos a perspectiva de aumento de competitividade, acesso a insumos de alto teor tecnológico e abertura comercial. O acordo também abrirá novas oportunidades para as empresas europeias que participam de licitações públicas dos governos”, destacou Sampaio.
Sampaio salientou que o Acordo prevê flexibilização em regras de origem. Um ponto importante diz respeito à certificação. O país terá cinco anos para migrar para o sistema de autocertificação, baseado em declaração do próprio exportador, o que reduzirá burocracia e custos. “O ministério também fará um trabalho interno de regulamentação disso. Sempre que o país importador tiver dúvidas sobre fraudes ou equívocos na declaração de origem, ele poderá entrar em contato com o governo que conduzirá investigação”, explicou.
No que se refere às barreiras técnicas de comércio, Sampaio afirmou que o acordo traz iniciativas facilitadoras. “Este é um conceito que temos trabalhado muito. Nesse sentido, é necessária uma parceria próxima do governo com o setor privado para identificação dessas barreiras”.
Também participaram do painel Fabrizio Panzini, gerente de Negociações Internacionais da CNI e Thomaz Zanotto, diretor da Fiesp.
Assessoria de Imprensa
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Fonte: cargonews.com.br