- Executivos da Syngenta, Brasil Terminal Portuário, Eldorado Brasil Celulose e Seara Alimentos falam de seus desafios –
- Exportadores priorizam segurança e saúde –
São Paulo, 14 de maio – Com a exportação em forte ritmo, a oferta de contêineres tornou-se um fator crítico, disse Gustavo Paschoa Diretor Comercial da Maersk para a Costa Leste da América do Sul durante o primeiro webinar “Maersk Talks”.
“Começamos a ter um desequilíbrio entre importações e exportações, e garantir a disponibilidade de um contêiner e espaço nos navios tornou-se um fator de extrema criticidade nesse momento desafiador”, disse Paschoa, iniciando o webinar intitulado “Logística em tempo desafiador”. “Nosso principal foco é evitar qualquer disruptura na cadeia de logística dos nossos clientes,” acrescentou.
Nesse momento desafiador, a Maersk está utilizando diversas estratégias para diminuir ou aumentar o trânsito, manter cargas em hubs ou portos através de seus armazéns ou depósitos ou até utilizar outras rotas. “O foco é ajudar nossos clientes a postergar a chegada de seus produtos a momento mais propicio”, explicou o Paschoa. “Além da necessidade de programas e soluções para mitigar o momento que atravessamos, se demostra necessário a aceleração dos canais digitais para ganho de produtividade e diferenciais de serviço, como o Maersk Spot, ferramenta digital de bookings da empresa, onde entre outras vantagens, ressaltasse a garantia de equipamento e espaço nos navios”, acrescentou.
Paschoa foi um dos cinco painelistas que falaram sobre decisões que colocam o cuidado com a saúde em primeiro lugar, a importância da gestão de risco, rastreabilidade, trabalho remoto e a digitalização da logística para manter os produtos e operações em movimento.
Para Jorge Buzzetto, diretor de Operações Supply da Syngenta no Brasil, o cenário logístico atual exige transparência, rastreabilidade, visibilidade e confiabilidade para obter sucesso. “O que estamos buscando na Syngenta é garantir um fluxo de informação mais apurado possível e hoje conseguimos ter uma visibilidade de onde está nosso produto nesse movimento internacional”, disse Buzzetto. “A Syngenta tem uma gestão de risco com operações no mundo inteiro com muitas vezes, duplicidade de fonte de suprimentos, nós temos fornecimentos na Índia, China, Europa e os EUA, e isso faz com que criassemos uma malha de fornecimento, o que ajuda a contornar os desafios do cenário atual com diversos países entrando em isolamento”.
Ricardo Arten, o presidente da Brasil Terminal Portuário, ou BTP, explicou que o momento atual representa uma oportunidade para ampliar as ações de segurança e pautar a tomada de decisão no propósito dessa atividade econômica, preparando-se, inclusive, para cenários diferentes.
“As pessoas estão sempre em primeiro lugar. Priorizamos as ações de prevenção para que todos continuassem suas atividades em total segurança. Costumamos falar que ‘não é uma cidade que tem um porto, é um porto que tem uma cidade’, por isso, seguimos comprometidos com o pleno abastecimento do nosso país, sobretudo em itens essenciais no enfrentamento ao coronavírus, não podemos parar ”, disse Arten.
“E quanto mais a gente sabe menos a gente teme. Nesse sentido, tem sido fundamental o exercício de planejar as ações de acordo com os possíveis cenários impostos pela situação atual e seus impactos em nossas operações.
Ter um plano de resposta adequado a esse momento de pandemia nos permite estar mais preparados para agir com assertividade e responsabilidade para assegurar a continuidade dos nossos negócios” acrescentou.
Flávio da Rocha Costa, General Manager de Logística da Eldorado Brasil Celulose, explicou que a Companhia ainda não sentiu impactos nas vendas e na operação logística, e que a fábrica continua produzindo, já que celulose é um produto essencial utilizado para a produção de papel higiênico, papéis descartáveis, receituários, papéis especiais, embalagens de remédios e alimentos. A empresa produziu cerca de 1,7 milhão de toneladas de celulose em 2019, e deve seguir com a mesma quantidade em 2020.
Na Eldorado, o foco está em preservar e manter a segurança de seu time. “Nós duplicamos o número de ônibus utilizados no transporte para a fábrica e fazendas para manter a distância mínima permitida, distribuímos mascaras, disponibilizamos álcool em gel, tiramos a temperatura de cada membro da equipe e controlamos o número de pessoas nos refeitórios”, disse Costa.
Ele ressalta que por dia recebem em média 130 caminhões na fábrica e estão atendendo os motoristas distribuindo kits para higienização e respeitando todas as orientações da Organização Mundial de Saúde.
Na Seara Alimentos, houve uma integração em toda a cadeia de logística. “Muita coisa pode ser aprendida nesses momentos que nos forçam a sair da nossa zona de conforto. Há dois meses atrás, se me perguntassem se 100% do time poderia trabalhar remotamente, com certeza a minhas respostas seria negativa. Em poucos dias organizamos toda a operação remota e mudamos a maneira de pensar e trabalhar”, disse Gabriela Ristow Cavalca.
“Buscamos integração com toda a cadeia de logística e enxergamos muitas oportunidades. Vejo as pessoas mais integradas, comprometidas e agindo com muita empatia, sempre se colocando no lugar do outro” finalizou.
Assessoria de Imprensa
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Fonte: cargonews.com.br