O Ministério de Indústria e Comércio do Paraguai e a Câmara de Comércio de Exterior de Campinas promovem na próxima quinta-feira (25/04), às 9h, o “Meeting Brasil Paraguai”, encontro exclusivo para convidados, com palestra da ministra da pasta do Paraguai, Liz Cramer Campos. Em sua primeira visita ao País, desde que assumiu o cargo, Liz apresentará ao público – estrategicamente formado por empresários e investidores brasileiros – pontos fortes da economia do Paraguai.
Primeiro produtor do mundo em energia renovável, com um crescimento anual do PIB de 5,1% estável nos últimos 11 anos e uma legislação repleta de incentivos fiscais para a Indústria – capaz de reduzir em até 70% o custo de produção quando comparado ao cenário do Brasil – o Paraguai tornou-se nos últimos anos excelente alternativa para o comercio exterior, especialmente para os bolsos brasileiros.
Com foco no Brasil – que já é seu maior parceiro comercial – o país vizinho (que na última década ganhou o status de China da América Latina) seduz os investidores com, por exemplo, a chamada a Lei de Maquila. O programa, que reúne hoje mais de 170 empresas produzindo no Paraguai, sendo quase 80% delas com sede no Brasil, atraídas especialmente pela redução de impostos.
Mas esse não é o único argumento. “O Paraguai soube fazer a lição de casa consolidando-se como um País estável economicamente. Além disso, hoje não falamos mais em pioneirismo ou em aposta aos investidores brasileiros porque temos números consolidados de empresas produzindo em nosso País que reforçam o quanto é vantajoso”, explica Sebastian Bogado da REDIEX (a agência oficial do Paraguai para atração de investimentos e exportação).
Para ele, é importante destacar que não se trata de competir com o Brasil, mas sim de um intercâmbio, com benefícios para os dois países. A concorrência declarada é a China, uma vez que o Paraguai se propõe a ter alíquotas semelhantes as praticadas pelo país asiático, com uma vantagem: sua localização. “ Com o Brasil, eu digo que é uma relação de ganha-ganha, porque a empresa continua sendo brasileira e sediada aqui, porém com a facilidade de produzir no Paraguai com custos muito parecidos com os dos asiáticos e de, em 24 horas, receber produção em São Paulo, por exemplo, enquanto que, da China, a espera poder ser de até 4 meses”, diz.
Ainda segundo Bogado, leis trabalhistas mais flexíveis, a redução de impostos na importação e exportação e uma legislação que incentiva a instalação de indústrias estrangeiras no País – somado ao baixo custo da energia elétrica – são algumas das principais vantagens para quem hoje quer produzir no Paraguai. “Com certeza, os participantes do evento irão se impressionar”, adianta.
Ministra
Ministra de Turismo do Paraguai (de 2006 até 2014), Liz Cramer é dona de um currículo com quase 20 anos de experiência no setor privado do Paraguai e dos Estados Unidos, destacando sua atuação como diretora Executiva do Itaú em seu país.
Em sua primeira passagem ao Brasil, como ministra da Indústria e do Trabalho, Liz participa nesta terça-feira do ENCONTRO EMPRESARIAL BRASIL-PARAGUAI, em parceria com a Fiesp-SP e o CEAL (conselho empresarial da América Latina),na capital. Na quarta, está programada sua visita a planta da empresa BALL, em Extrema (MG), que terá ainda este ano uma filial no Paraguai, além de sua presença em Campinas na quinta. “Prestes a completar seis anos, a Câmara do Comercio Exterior de Campinas foi criada com o objetivo de fomentar negócios para Campinas, vencendo os desafios necessários. Desta forma, o Meeting é extramente importante tanto para o Paraguai, comoo para os inventidores da Região Metropolitana de Campinas”, destaca Marcio Barbado, presidente da CCCER.
Já na avaliação de Adriana de Barros Souzani, advogada que representa a Global Sourcing, empresa parceria do evento, destaca-se o grande momento do Paraguai não apenas com base nos benefícios fiscais, mas, e infelizmente, na instabilidade do mercado brasileiro. “Ainda que exista uma nova perspectiva do Governo Brasileiro, que tenha sido aprovada a Reforma Trabalhista, acho importante que se conheça o quão propicio é o ambiente oferecido pelo Paraguai para as industriais. Em alguns casos, falamos de uma redução de encargos sociais que no Brasil giram em torno de 115% e lá não ultrapassa 35%”.
“Não que a gente queira que se deixe de produzir no Brasil, mas é muito relevante conhecer o cenário do Paraguai e as vantagens que temos para parcerias que fortaleçam a industria brasileira”, diz Mauriney Cordeiro, empresário da região.
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