Recuperação da demanda por gasolina e diesel na região é lenta e renovadas preocupações com a covid-19 aumentam a pressão
A demanda por gasolina e diesel na América Latina está aumentando gradualmente, porém a recuperação ainda é bastante lenta. É o que aponta o relatório “Previsão do mercado de petróleo da América Latina”, da S&P Global Platts. De acordo com o estudo, México e Brasil, os dois principais mercados da região, continuam apresentando números abaixo do esperado e a previsão é de que a demanda latino-americana por gasolina (incluindo biocombustíveis) atinja uma média de 2,42 milhões de barris por dia no segundo trimestre de 2021, 255 mil barris por dia a menos do que no mesmo período de 2019, ano pré-pandemia.
“A magnitude da recuperação da demanda para níveis pré-pandêmicos na região é bastante grande e provavelmente não alcançável em 2021, uma vez que a Covid-19 continua a afetar a mobilidade em vários países, apesar dos esforços de vacinação em andamento”, aponta o relatório.
O relatório ainda mostra que a demanda brasileira por gasolina/etanol também é relativamente fraca. A demanda por etanol hidratado em fevereiro ganhou impulso e atingiu a média de 385 mil barris por dia, aumento de 25 mil barris por dia em relação a janeiro, mas queda de 15 mil por ano. No entanto, o ganho veio às custas das vendas de gasolina C (gasolina misturada com 27% de etanol) que atingiu a média de 620 mil barris por dia no mês, cerca de 25 mil barris por dia a menos no mês e número nitidamente menor ano contra ano. Como o estado de São Paulo, maior mercado de combustíveis do país, está travado desde 6 de março, isso abalou as perspectivas de recuperação mais ágil da demanda por gasolina / etanol no país no curto prazo . “Com uma taxa persistentemente alta de infecções por COVID no país, o risco para nossa perspectiva de demanda é fortemente inclinado para o lado negativo, no curto prazo”.
Assessoria de Imprensa
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Fonte: cargonews.com.br