Com expectativa de produzir 115,7 milhões de toneladas de soja, safra 2018/19 deve apresentar embarques mais aquecidos; exportações de milho têm potencial para recorde
A revisão de abril da consultoria INTL FCStone para a safra brasileira de grãos no ciclo 2018/19 trouxe aumento de 2,4% em relação ao número divulgado em março, para 115,7 milhões de toneladas – resultado condicionado pela expectativa de uma safra recorde no Rio Grande do Sul, ficando em 20,9 milhões de toneladas e ocupando o posto de segundo maior produtor de soja, atrás do Mato Grosso.
Com o novo aumento da estimativa da produção de soja, as exportações subiram para 71,5 milhões de toneladas (contra 70 milhões de toneladas estimados pela Conab). “Por enquanto, os embarques da oleaginosa estão bastante aquecidos, mas destaca-se que esse número ainda pode sofrer mudanças significativas, em decorrência principalmente do andamento das negociações comerciais entre Estados Unidos e China”, pondera a analista de mercado da INTL FCStone, Ana Luiza Lodi. Com exportações mais fortes, a estimativa de estoques continua abaixo de 1 milhão de toneladas.
No caso da primeira safra de milho, o grupo manteve a produção em 28 milhões de toneladas. Apesar da estabilidade do número de produção total para o Brasil, houve alguns ajustes entre os estados: um leve corte de produção no Maranhão e Piauí, compensado por um pequeno aumento no Paraná.
Já a ‘safrinha’ de milho recebeu um aumento de 550 mil toneladas, em relação ao número de março, para 66,4 milhões de toneladas – uma consequência do aumento da estimativa de produtividade do Paraná, que passou de 5,56 para 5,8 toneladas por hectare.
“Com esse aumento da perspectiva de produção da segunda safra e uma estabilidade do número da safra de verão, a produção total de milho no ciclo 2018/19 está estimada em 94,4 milhões de toneladas, volume que, se confirmado, representará uma forte recuperação em relação ao ano passado”, explica a analista Ana Luiza. Devido ao clima adverso, a produção em 2017/18 ficou em 80,8 milhões de toneladas.
Essa oferta maior de milho deve resultar em estoques em torno de 15 milhões de toneladas. Na revisão da INTL FCStone, não houve ajustes em variáveis de demanda, com as exportações estimadas em 32 milhões de toneladas, nível que, se confirmado, configurará um recorde histórico.
Assessoria de Imprensa
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