Especialista analisa momento econômico internacional, a guerra tarifária entre China e Estados Unidos e as oportunidades para o agronegócio brasileiro no comércio exterior. Veja dicas para quem deseja alcançar novos mercados potenciais.
No ano da pandemia, a China se fortaleceu como principal mercado de comércio exterior com o Brasil. Antes, os Estados Unidos ocupavam o primeiro lugar em comércio com o Brasil.
Com a guerra tarifária intensa entre os países China e Estados Unidos, produtores agrícolas brasileiros têm uma oportunidade ainda maior de exportação.
“O Brasil é um dos principais produtores de proteína animal e vegetal do mundo e a China, por sua vez, tem a maior população mundial, com 1,4 bilhão de pessoas. Com a lacuna comercial deixada pelos Estados Unidos, produtos como soja, milho, carnes de aves e bovinos podem ser supridas pelos produtores brasileiros. Tanto que os chineses já estão adquirindo as safras do ano que vem”, explica o diretor da Tek Trade, uma das maiores empresas do ramo de importação e exportação de Santa Catarina, Rogério Marin.
Entretanto, o especialista afirma que é necessário também que o Brasil passe a importar mais para que, passado o protecionismo no comércio mundial, o país possa se consolidar em outros mercados. “O Brasil ainda exporta e importa muito pouco. Quase 23,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro é relacionado ao comércio exterior. É importante ao pequeno, médio e grande negociar com o mundo. Isso significa também importar insumos e fertilizantes como ureia, por exemplo, para ser mais competitivo ao exportar. Também significa menos risco cambial já que você estará comprando e vendendo em dólar”, explica.
“Na área agrícola, por exemplo, também existem produtos específicos com alíquota zerada de importação. Ou seja, de produtos que não tem similar nacional equivalente. É mais comum para máquinas e motores agrícolas, por exemplo”, esclarece.
Mercado potencial
O Brasil exporta 7,2% da sua produção agrícola e tem no agronegócio a maior fatia de contribuição na balança comercial. O Estado de Santa Catarina, por outro lado, já atua mais fortemente no comércio exterior através de cooperativas. É um exemplo de como as associações podem ampliar ainda mais o potencial de mercado de produtores.
“Precisamos desenvolver a cultura de importação e exportação para pequenos e médios produtores que poderem vender seus produtos para novos mercados. Ou seja, todos têm potencial para exportar, mas são poucos os que participam e lucram com este mercado. A verdade é que podemos alcançar resultados positivos em outros segmentos do agronegócio como o leite, a maricultura e as frutas, a exemplo do que já acontece com frangos e suínos. É importante que o produtor procure a consultoria de uma empresa especializada para melhorar seus processos de importação e exportação”, complementa.
Como efetuar uma cotação
Produtores agrícolas interessados em atuar no mercado externo podem entrar em contato com consultores da Tek Trade. “Existe todos os meses uma demanda que recebemos do mercado externo e que buscamos atender através de produtores brasileiros.
Estreitar ainda mais esse contato com o setor é importante para ampliar ainda mais a atuação do Brasil no comércio exterior. Se o produtor tiver acesso à exportação, poderá ganhar com a questão cambial e vender no melhor preço”, analisa.
Assessoria de Imprensa
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Fonte: cargonews.com.br