Modernização dos portos passa necessariamente pela adoção de processos inteligentes com alta tecnologia
Com a entrada da Lei nº 8630/1993, a chamada Lei de Modernização dos Portos, em vigor, começou a corrida pela modernização dos processos de comércio exterior e nos últimos dez anos, inúmeras startups chegaram ao mercado oferecendo a automação de tarefas para substituir ações feitas manualmente.
O Comex 4.0 obrigou portos e todo seu ecossistema a se modernizarem, num movimento que pode ser chamado de Portos 2.0. Com a evolução da tecnologia em todos os setores, o comércio internacional não podia mais conviver com estruturas arcaicas e altos custos, pois vem, a cada ano, demandando um tempo de operação cada vez menor de um navio no porto.
Para Mônica Gabriella da Silva, gerente de produto da LogComex, empresa especializada no desenvolvimento de soluções tecnológicas para o comércio exterior, a operação precisa ser rápida e somente com tecnologia de ponta é possível contar com a assertividade necessária, proporcionando uma operação em curto espaço de tempo e beneficiando toda a cadeia.
O alicerce do movimento é a tecnologia de ponta, com processos totalmente conectados, não demandando ampliação de estrutura física, mas sim investimento em inovação, o que garantirá a redução dos custos logísticos com operações cada vez mais rápidas e eficientes. “Poucos portos no mundo contam com tecnologia tão avançada e o Brasil ainda está caminhando a passos lentos frente ao desenvolvimento global”, aponta Mônica.
Segundo a especialista, muitos portos investiram em automatização, especialmente para eliminar o volume de papel e encurtar o espaço entre as etapas da operação.
Para que um navio seja operado de maneira mais rápida, por exemplo, há a necessidade de investimento em sistemas de planejamento das operações no pátio dos terminais de carga e também no sistema que gera o plano do navio. Controles que antes eram feitos em pilhas de papel e planilhas, hoje já são realizados 100% utilizando este sistema.
“Toda a estrutura deve estar adequada para garantir a rapidez na operação, com a utilização de tecnologias como os OCRs (Optical Character Recognition), que significa “Reconhecimento Óptico de Caracteres”, utilizados tanto na validação das informações na operação quanto em documentos”, descreve.
Outra tecnologia inteligente que vem sendo adotada nos portos são as APIs — do inglês Application Programming Interface ou Interface de Programação de Aplicações — aplicativos capazes de se comunicarem com outros softwares para implementar processos inteligentes e automação. Segundo Mônica, as APIs são seguras, pois os dados são criptografados e é possível bloquear o acesso e permissões de dados de terceiros.
Ainda de acordo com Mônica, a LogComex oferece soluções de integração e inteligência de dados que visam contribuir para a eficiência e eficácia das operações logísticas.
“Por meio dos dados que são apresentados de forma assertiva, toda a cadeia é beneficiada com informações que dão apoio às tomadas de decisão, o que garante os melhores negócios e mais volume de cargas entrando e saindo do país. Já as opções de integração, devem garantir celeridade ao fluxo dos processos, além, é claro, de minimizar os riscos de falhas”, finaliza a especialista.
*Mônica Gabriella é Product Manager da LogComex. Ela encontrou na tecnologia um meio de conectar os processos burocráticos ao jeito moderno com o qual o mundo se comunica. Adquiriu essa experiência atuando em processos financeiros e aduaneiros, na jornada e experiência do cliente e em grandes projetos de Inteligência e Automação para Logística e Comércio Internacional.
Assessoria de Imprensa
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Fonte: cargonews.com.br