O setor portuário é, sem dúvidas, um dos alicerces da economia do
Brasil. Movimentando milhões de toneladas de produtos por ano e
gerando empregos, a atividade de Apoio Portuário é um elo importante
na cadeia logística portuária e atua nas movimentações de entrada
e saída de navios nos portos nacionais. Mesmo com a pandemia do novo
Coronavírus, as atividades de apoio portuário continuam em
operação em todos os portos, para garantir que produtos não faltem
aos consumidores. De acordo com o SINDIPORTO BRASIL, que representa as empresas da navegação de apoio portuário do país, atualmente 30
portos são atendidos por essas empresas com 250 rebocadores em
operação. Além disso, emprega 2.800 pessoas, cujo trabalho tem sido
fundamental para a manutenção das movimentações de importação e
exportação efetuadas através dos portos nesse momento de
quarentena.
A importância do trabalho portuário reflete nos investimentos do
setor. De acordo com Luiz Felipe Gouvêa, presidente do SINDIPORTO
BRASIL, somente nos últimos 10 anos foram investidos R$ 4 bilhões na
construção de 125 rebocadores, todos construídos em estaleiros
nacionais. “Importante ressaltar também o investimento anual de R$
100 milhões em manutenção e docagem das embarcações realizadas em
estaleiros nacionais, além da aprovação de prioridade pelo Fundo da
Marinha Mercante para a construção de 27 novas embarcações”,
avalia.
Para Gouvêa, a adoção pelas empresas de protocolos de segurança
para conter o avanço do novo Coronavírus entre os trabalhadores foi
fundamental para a continuidade das operações e a diminuição do
impacto nas atividades do setor.
“Mesmo antes da edição das medidas emanadas das autoridades, as
empresas tomaram a iniciativa de afastar temporariamente os
trabalhadores incluídos na população de risco, sem prejuízo de
suas remunerações. Inclusive, os funcionários que atuam nos
escritórios passaram a trabalhar no regime de home office. Já as
escalas de trabalho dos tripulantes foram ampliadas para proporcionar
trocas menos frequentes de turnos de trabalho e menor exposição dos
trabalhadores ao contágio. Além disso, estão sendo tomados cuidados
adicionais com a desinfecção das embarcações a cada troca de turno
e com fornecimento de transporte especial para acesso dos tripulantes
às embarcações, evitando a necessidade do uso de transporte
coletivo. Todas essas medidas foram adotadas visando minimizar a
propagação do vírus junto aos trabalhadores e seus familiares”,
explica o presidente.
Além dessas medidas, o SINDIPORTO BRASIL conquistou, junto aos
órgãos federais competentes, a inclusão dos trabalhadores
marítimos do apoio portuário no programa de imunização contra a
gripe (H1N1).
Gouvêa acredita que os procedimentos adotados até aqui, por serem
muito recentes, não permitem qualquer previsão pós-pandemia. Na
opinião do gestor, será necessário observar o comportamento da
pandemia, eventuais mudanças na legislação e do mercado para
avaliar se novas ações deverão ser empreendidas.
Assessoria de Imprensa
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Fonte: cargonews.com.br