Segundo os participantes, os ecossistemas digitais podem contribuir com novas formas de organizar as atividades econômicas
São Paulo, junho de 2019 – A terceira reunião temática do Futurecom, maior evento de tecnologia, telecomunicação e transformação digital da América Latina, que este ano acontecerá de 28 a 31 de outubro no São Paulo Expo, trouxe como tema central a transformação digital. O encontro realizado esta semana, na sede da Deloitte, contou com a apresentação de Marcia Ogawa, líder de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações da Consultoria, que destacou os ecossistemas digitais como novas formas de organizar as atividades econômicas, a partir de uma cadeia linear e hierárquica (fornecedor, produtor, distribuidor e cliente), passando para um formato mais colaborativo e digitalizado.
Em sua explanação, a executiva afirmou que a base dos ecossistemas digitais são os dados e que a Inteligência Artificial (IA) é o componente-chave das plataformas, proporcionando oportunidades de desenvolvimento desta tecnologia no Brasil. “Para isso acontecer, o 5G é um dos habilitadores fundamentais desse ecossistema, seja para sua expansão ou para a economia em escala”, enfatiza Marcia.
Hermano Pinto, diretor do Futurecom, trouxe reflexões sobre os macrotemas que serão abordados no evento, como o papel da transformação digital (cultura da organização, gestão de pessoas, inovação, experiência do cliente, tecnologia, estratégias, entre outras), das tecnologias disruptivas (IA, Big Data, Machine Learning, experiências imersivas de realidades virtual e aumentada, Blockchain e Cybersecurity) e da conectividade (satélites, cabos submarinos, redes ópticas, comunicação sem fio, banda larga, revolução do 5G, cloud, Edge Computing, IoT). Entre esses macrotemas, a acessibilidade e a inclusão social terão espaço garantido.
É o que destaca um dos executivos presentes no encontro. Thierry Cintra Marcondes, líder de Transformação Digital em Operações da L’Oreal, avalia que “foi uma reunião ampla e abrangente, onde se falou não somente de tecnologia, mas da transformação digital focada em pessoas, e trouxe a acessibilidade para a discussão central. Não só de pessoas diferentes ou PCDs, mas sim da acessibilidade com o negócio, pois trabalhando com pessoas diferentes, tecnologias diversas, pensamos também de maneira diferente, afinal, para fazermos o futuro, precisamos ser acessíveis e dar valor às pessoas. Não podemos ter preconceitos com as pessoas, com a conectividade, nem com a tecnologia”.
“O desafio é pensar para um mundo novo e tudo o que muda na experiência do cliente. Os ecossistemas digitais facilitam a produtividade e acrescentam maior excelência aos negócios”, ressalta Hermano. A inovação está no cerne de tudo, com isso as academias e startups trarão mais efetividade para a Indústria.
A transformação digital passa por setores como agronegócios, saúde, educação, indústria, varejo e infraestrutura e cidades inteligentes, além de áreas do governo. “Entendemos que há barreiras a serem transpostas como resistência a mudanças, falta de uma cultura de inovação, medo de falhar, dificuldades de lidar com novas tecnologias, falta de um planejamento estratégico, mão de obra/capital humano e infraestrutura de conectividade”, reconhece Hermano.
Participaram do encontro representantes de operadoras, fornecedores de equipamentos e consultorias, entre outros importantes players do mercado.
“Esse tipo de iniciativa de discussões temáticas prévias de um grande evento como o Futurecom é muito válido. Podemos compartilhar o que há de mais avançado no mercado, ou o que está em desenvolvimento. Empresas de todos os setores, de tecnologia e de vários setores econômicos, puderam dialogar, de uma maneira aberta, sobre determinado tema para depois contribuir para um público geral”, afirma Eduardo Takeshi, Gerente de Marketing de Soluções de TI da Oi.
Na opinião de Elisabete Waller, líder de Tecnologia, Telecom, Mídia e Entretenimento para a América do Sul da EY, “foi extremamente enriquecedora, com apresentadores excelentes e com discussões de alto nível, onde, além de discutir, um pode abrir a mente do outro, pensando no que um pode complementar o outro. É um exercício interessante. Penso que várias cabeças pensam e fazem melhor”.
“É um evento enriquecedor, que aproxima as empresas de tecnologia e o mercado. Acompanho o Futurecom há algum tempo. Nunca havia participado de uma mesa temática como essa. Muitas das situações discutidas são mais comuns do que imaginamos. Existem os problemas mais específicos. Uma solução que foi utilizada em uma companhia e pode ser aproveitada em outra. O que o mercado precisa é compartilhar as soluções. Não é uma concorrência, é uma troca de conhecimentos. O compartilhamento favorece que você melhore os processos”, explica Ricardo Carvalheiro, gerente de Projetos Estratégicos da Sabesp.
Para Walter Sanches, CIO da Termomecanica São Paulo, “o objetivo maior desta reunião é compor uma agenda das empresas o mais adequada possível e, nesse sentido, o objetivo foi cumprido. Foram colocados quais são os drivers do Futurecom, onde foram ouvidas as opiniões dos participantes. Notamos diferentes percepções, com cada um colocando suas necessidades. É justamente isto que faz com que o Futurecom seja melhor a cada ano. É um público bastante abrangente, de várias áreas diferentes, desde quem fornece a solução, a pessoa mais técnica, o marketing, o cliente, as dificuldades e sonhos dos clientes, ou seja, explora todas as dimensões. Foi bastante válido. Como profissional, vejo como uma oportunidade de entender para onde que as coisas estão indo antes mesmo de participar do Futurecom. É um direcionamento prévio ou uma validação daquilo que você pensa que deve acontecer. Atualmente, a barreira está em pessoas, pois as tecnologias estão disponíveis. Mas acrescentaria, também, na agenda Futurecom a gestão de mudanças, com uma abordagem de como podemos vencer as barreiras até chegar à tecnologia, o que fazer com a quantidade de dados que temos em mãos hoje”.
Para esta edição, já está confirmada a participação de Greg Peters, Chief Product Officer e líder da equipe responsável pelo design, criação e otimização da experiência da Netflix, como Keynote Speaker do Congresso Internacional. Daniel Annenberg, secretário Municipal de Inovação e Tecnologia da Prefeitura de São Paulo, apresentará o tema “Agir digitalmente – O papel do Plano Estratégico de Tecnologia da Prefeitura de São Paulo”, no congresso do Future GOV. Também confirmaram presença Frederico Trevisan, superintendente de Transformação em Meios de Pagamento do Santander Brasil; Christian Gebara, CEO da Vivo; e Fernando Pantaleão, vice-presidente de Vendas e Soluções para Comércio da Visa do Brasil.
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A 21ª edição do Futurecom, a partir desse ano, além do Future Congress, contará com cinco novos eventos em sua programação: Future Payment, Future Gov, Future Jud, Future Cyber e Future Tech. O Futurecom se consolida como um evento completo de transformação digital, que combina a hiperconectividade trazida pelas novas tendências, que serão apresentadas na área de exposição e debatidas durante o Congresso Internacional.
Assessoria de Imprensa
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