16 de março de 2020 (Genebra) — A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA – International Air Transport Association) e seus membros continuam apoiando os governos em seus esforços para conter a disseminação da COVID-19. Desde o início da crise, o transporte aéreo de carga tem sido um parceiro fundamental no fornecimento dos medicamentos e dos equipamentos médicos necessários (incluindo peças de reposição/componentes de reparo) e na manutenção das cadeias de suprimentos globais em operação, garantindo a entrega dos materiais mais urgentes. Tudo isso tem sido realizado utilizando aeronaves de carga dedicadas, capacidade de carga em aeronaves de passageiros e voos de ajuda para as áreas afetadas.
O transporte aéreo de carga também é fundamental para o transporte de alimentos e outros produtos comprados online devido às medidas de quarentena e de distanciamento social implementadas nos países.
As drásticas restrições de viagens e a forte queda na demanda de passageiros limitaram gravemente a capacidade do transporte aéreo de carga. A IATA pede aos governos que tomem medidas urgentes para garantir a disponibilidade da carga aérea para ajudar na luta global contra a COVID-19.
“Mais de 185 mil voos de passageiros foram cancelados desde o final de janeiro devido às restrições de viagens impostas por vários governos. Com isso, uma capacidade de carga fundamental desapareceu justamente agora quando é mais urgente na luta contra a COVID-19. A frota mundial de aeronaves de carga foi mobilizada para compensar esse déficit de capacidade. Os governos devem tomar medidas urgentes para garantir que as linhas vitais de suprimento permaneçam abertas, eficientes e eficazes”, disse Alexandre de Juniac, diretor geral e CEO da IATA.
Os governos devem ver a carga aérea como parte essencial da luta contra a COVID-19 e tomar as seguintes ações:
• Excluir as operações de carga aérea das restrições de viagem relacionadas à COVID-19 para garantir que os produtos médicos que salvam vidas possam ser transportados sem interrupção.
• Garantir a implementação de medidas padronizadas para que a carga aérea possa se movimentar pelo mundo com interrupções mínimas.
• Isentar dos requisitos de quarentena de 14 dias o pessoal da tripulação de voos de carga aérea, pois eles não interagem com o público.
• Apoiar os direitos de tráfego temporário para operações de carga onde podem ser aplicadas restrições.
• Eliminar obstáculos econômicos, como cobranças de sobrevoo, taxas de estacionamento e restrições de slot para apoiar as operações do transporte aéreo de carga durante esse período sem precedentes.
Notas aos editores:
· A IATA (International Air Transport Association) representa cerca de 290 companhias aéreas, que compõem 82% do tráfego aéreo global.
· Siga a IATA no Twitter: http://twitter.com/iata para verificar anúncios, posicionamentos e outras informações sobre o setor.
· Os países que compõem o Espaço Schengen são: Áustria, Bélgica, República Tcheca, Dinamarca, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Islândia, Itália, Letônia, Liechtenstein, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Holanda, Noruega, Polônia, Portugal, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Suécia e Suíça.
· Os mercados entre Estados Unidos e Alemanha, França e Itália são os maiores mercados de passageiros entre os Estados Unidos e o Espaço Schengen. Em 2019, foram 7,6 milhões, 7,6 milhões e 6,9 milhões de viagens de passageiros origem-destino (O-D), respectivamente, entre esses mercados e os Estados Unidos.
· Dos países do Espaço Schengen, a Islândia tem a maior exposição ao mercado dos Estados Unidos, com 17,1% de seu tráfego aéreo total O-D, seguida pela Holanda (6,5%) e França (5,2%).
· O mercado entre os Estados Unidos e o Reino Unido (isento da proibição de entrar nos Estados Unidos) é significativo, com 17 milhões de passageiros no total em 2019 (cerca de 47 mil por dia, mais de um terço do total entre os Estados Unidos e o Espaço Schengen).
· As medidas de apoio que os governos podem considerar incluem flexibilidade temporária na aplicação dos regulamentos de direitos dos passageiros, adiamento de pagamentos de impostos e apoio do governo para incentivar redução de custos e taxas de aeroportos e serviços da ANSP.
“As transportadoras de carga aérea estão trabalhando com governos e organizações de saúde do mundo todo para proteger a saúde pública e, ao mesmo tempo, manter a economia global em movimento. Hoje, enquanto combatemos globalmente a COVID-19, os governos devem tomar medidas urgentes para facilitar o transporte aéreo de carga. Manter o fluxo de carga salvará vidas”, disse Alexandre de Juniac.
Assessoria de Imprensa
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Fonte: cargonews.com.br