Por Alexandre Gera
Nos últimos anos, as inovações que as startups trouxeram para os mercados se mostraram indiscutíveis e uma das expressões mais conhecidas é a Indústria 4.0, que remete a revoluções industriais e comerciais jamais vistas até hoje.
Para a operação de comércio exterior, também conhecida como Comex, não é diferente. Se antes as importadoras, exportadoras e prestadores de serviços desse ecossistema usavam softwares para apoiar sua gestão, com a chegada das startups muitas novidades aumentaram ainda mais a eficiência de quem vende ou compra produtos e serviços no mercado internacional.
Essas inovações em tecnologias e negócios focadas no comércio exterior, logística, câmbio e suprimentos já ganharam um termo específico, deixando claro seu objetivo de operar na quarta geração. É o Comex 4.0. Isso significa que as startups chegaram nas importações, exportações, despachos aduaneiros, contratação de fretes e estão revolucionando a maneira como muitas indústrias contratam esses serviços, aumentando exponencialmente seus ganhos em todos os sentidos.
Temas como redução do custo com todos os modais de fretes nacionais e internacionais, compliance, tracking online e realtime das mercadorias, blockchain para certificações e rastreamentos, internet das coisas com big data para os processos de despacho e desembaraço antecipados já são realidades no mercado brasileiro.
Outro assunto que domina as rodas de conversas dos executivos é a inteligência artificial para interpretação de regras de negócios, de leis e até mesmo das melhores rotas para as mercadorias. Quem aí não conhece a Cargo X? A empresa de tecnologia, que funciona como um elo entre transportadoras e cargas, tem sido nomeada como o “Uber dos fretes rodoviários” e diz estar construindo o futuro dos transportes de cargas. Nada mal se analisarmos seus resultados. Somado aos investimentos que tem recebido, a operação registrou em 2017 um faturamento de R$ 150 milhões após um ano de operação.
Já os negócios B2C (Business to Consumer), ou seja, aqueles que realizam negociações diretamente entre a empresa produtora, vendedora ou prestadora de serviços e o consumidor final, também têm a sua vez. Neste caso, as startups de câmbio, focadas em compra ou venda de moedas estrangeiras, já criaram APPs e entregas a domicílio, levando conforto, praticidade, bons preços para os clientes e, principalmente, muita dor de cabeça para as casas de câmbio tradicionais.
As inovações no Comex 4.0 são inúmeras. Falamos acima apenas sobre negócios relacionados diretamente com o core business do ecossistema dos intervenientes do comércio internacional, mas se expandirmos nossa visão, podemos observar startups que melhoraram a comunicação interna e com clientes usando chatbot´s ou soluções para as áreas de back office, como RH, finanças e contabilidade.
Outra confirmação desse movimento inovador são as iniciativas de open innovation de grandes corporações, como a Thomson Reuters, que recentemente lançou o inédito programa de aceleração de startups para os mercados Tributário, Fiscal e de Comércio Exterior, chamado de Accelarator Day for Taxtech e Comextech. E os exemplos não param por aí. A MAERSK se juntou à IBM para cocriarem uma solução de tracking de mercadorias usando blockchain. Isso é só o começo!
Muitas empresas que têm operações de importação, exportação ou que fazem parte do universo dos prestadores de serviços para esses segmentos, querem e precisam inovar para manterem seus negócios ativos para um futuro que já chegou. E quem for mais rápido tem mais chances de assumir a liderança do seu segmento. Basta apenas encontrar a startup que melhor se adequa à sua necessidade atual. Não há tempo de esperar. É hora de inovar!
Alexandre Gera é sócio-gestor da GERAVALOR, consultoria especializada em Inovação, Estratégias e Assessment para negócios de Comércio Exterior e de Logística.
Assessoria de Imprensa
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