O evento, em formato digital, trouxe importantes discussões para a continuidade da atividade da aviação civil no Brasil no pós-crise
Rio de Janeiro, 29 de outubro de 2020 – O RIOgaleão promoveu, na quarta-feira (28/10), a terceira edição do Workshop Integrado de Safety & Security. O evento, realizado em formato digital, contou com a participação do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e do secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, bem como de outros porta-vozes essenciais para a discussão do tema “Gestão de Crise e Continuidade do Negócio”.
O webinar, transmitido pela plataforma Zoom, contou com mais de 160 espectadores e teve apoio das empresas CoSafe, MedMais e Logos. A abertura foi realizada pelo presidente do RIOgaleão, Alexandre Monteiro, seguida de uma participação diretamente de Singapura, do CEO da Changi Airports International, Eugene Gan. Os moderadores dos painéis foram Camel Farah, da Logos; Pupo Neto, da CoSafe; e Victor Reis, da MedMais.
O primeiro bloco abordou o tema “Visão Estratégica” e trouxe os pontos de vista de Tarcísio Gomes de Freitas, ministro da Infraestrutura; Elcio Franco, secretário-executivo do Ministério da Saúde; Rolando Souza, da Polícia Federal; Alexandre Ramagem, da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN); e Brigadeiro Ary Bertolino, assessor aeronáutico (ICAO). O ministro da Infraestrutura afirmou que “desde que a pandemia foi decretada, procuramos trabalhar uma série de medidas para manter a aviação civil pulsando. O objetivo do Ministério da Infraestrutura é colaborar com o setor, para que este possa seguir retomando as atividades levando em conta a saúde e segurança de todos.”
O ministro completou dizendo que o Governo trabalha para garantir condições financeiras para que empresas aéreas continuem voando e que a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) estuda o reequilíbrio econômico de contrato e outorgas das concessionárias de aeroportos. A questão sobre a saúde e segurança da sociedade foi reforçada por Elcio Franco, que também ressaltou que a comunicação com a população e todas as outras áreas, além de um alinhamento de discurso entre todos os stakeholders, são de extrema importância.
O diretor geral da Polícia Federal, Rolando Souza, apresentou números sobre a atividade do órgão e afirmou que a crise do coronavírus provocou uma redução de 67% do fluxo migratório pelo modal aéreo entre janeiro e outubro, quando comparado ao mesmo período de 2019. Por outro lado, esse mesmo fluxo migratório apresentou o crescimento de uma estatística: 17% a mais de passageiros utilizando os eGates (portões automáticos na imigração/migração), efeito, provavelmente, observado devido à não necessidade de contato com outras pessoas.
O segundo bloco seguiu o tema “Influência da Crise nas Infraestruturas Críticas”, com participação do Brigadeiro Ary Soares Mesquita, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI); Ronei Glanzmann, Secretário Nacional de Aviação Civil (SAC); Dyogo Oliveira, presidente da Associação Nacional das Empresas Administradoras de Aeroportos (ANEAA); Eduardo Sanovicz, presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR); Andreas Kruse, presidente do Comitê das Empresas Aéreas do Galeão; e Vivianne Magalhães, diretora jurídica do RIOgaleão. Dyogo Oliveira afirmou que “a indústria da aviação no Brasil deve ter uma saída mais satisfatória do que outros países, já que nossa capacidade de articulação gerou uma série de soluções e uma enorme quantidade de ações foram tomadas pela ANAC, SAC, pelos Ministérios da Infraestrutura e Economia, entre outros.”
“O grau de solidariedade, integração e reconhecimento do valor que cada um tem a agregar, ao longo desse processo e dessa cadeia produtiva, é algo que definitivamente aprendemos”, destacou Eduardo Sanovicz. A diretora jurídica do RIOgaleão, por sua vez, aproveitou a oportunidade para falar sobre as iniciativas da concessionária para manter o aeroporto operando durante a crise provocada pela pandemia. Vivianne ressaltou ações como o Conexão Cessionários e a parceria como o SEBRAE para realização de workshops, que foram iniciativas para dar suporte aos lojistas do terminal em um período de movimento muito abaixo do esperado para o ano.
O terceiro e último bloco do workshop debateu as “Lições Aprendidas pelo Setor da Aviação Civil na Pandemia Covid-19”, trazendo para o painel Norberto Polla de Campos, gerente-geral de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA); Giovano Palma, da Superintendência de Infraestrutura Aeroportuária da ANAC; Ricardo Miguel, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo (ABESATA); e Dimas Salvia, diretor de Operações do RIOgaleão.
Representante da ANVISA, Norberto Campos destacou que os desafios trazidos por meses da crise causada pela Covid-19 mostraram que a integração dos stakeholders foi o caminho mais adequado para a busca de saídas e soluções.
“Quando fazemos um paralelo com o 11 de Setembro, lembramos que a aviação comercial parou por alguns dias, quiçá semanas, naquela ocasião. Mas, desta vez, estamos por meses discutindo uma pandemia. Esta realidade nos levou à integração e requereu dos atores envolvidos muita disposição para discussão”, disse Norberto.
Em seguida, Giovano Palma lembrou que apesar de o transporte de passageiros ter se reduzido a 95% no início da pandemia, o setor não parou. A aviação civil foi fundamental para a sociedade, ao manter as operações de cargas, para transportes de equipes, insumos e equipamentos de saúde. Ao fim da fase aguda da crise, a Anac passou a trabalhar fortemente para manter voos e promover a retomada da movimentação nos aeroportos. Para Giovano, “a principal lição que tivemos é a importância de melhorar o compartilhamento de informações para que a tomada de decisões aconteça de forma célere”.
Terceiro palestrante do bloco, o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo também destacou a importância da sinergia entre os setores para proteger os funcionários do setor aéreo.
Encerrando o terceiro bloco, Dimas Salvia compartilhou informações sobre os três pilares adotados pelo RIOgaleão durante a crise, como forma de garantir que o aeroporto se mantivesse um local seguro para passageiros e comunidade aeroportuária. As medidas, que se dividiram nos segmentos de Comunicação e Prevenção, Limpeza e Tecnologia, levaram o RIOgaleão a se tornar o primeiro aeroporto brasileiro a conquistar o selo Safe Travels, concedido pelo WTTC (Conselho Mundial de Viagens e Turismo).
“Acumulamos muito conhecimento nesses últimos sete meses. Uma das principais lições dessa gestão de crise é entender que a próxima epidemia, pandemia ou evento crítico pode acontecer em um intervalo de tempo mais curto do que imaginamos. Não podemos nos acomodar, sabendo que podemos ter outra crise em breve”, lembrou Dimas.
O encerramento do workshop ficou a cargo do presidente da concessionária RIOgaleão, Alexandre Monteiro, que destacou a relevância do mercado internacional para a cadeia turística do Brasil e, em especial do Rio de Janeiro, mas também para o mercado de cargas. Alexandre lembrou a importância do Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional Tom Jobim durante todo o período de crise, com a chegada de insumos e equipamentos de saúde, e, em breve, como integrante de cadeia logística de distribuição de vacinas.
“Tenho dito que toda a crise tem começo meio e fim, e essa não será diferente. Passamos por um início muito agudo e agora estamos atravessando um meio que está sendo mais persistente e duradouro do que gostaríamos. Mas chegaremos ao fim dessa crise”, afirmou o presidente da concessionária RIOgaleão.
Assessoria de Imprensa
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Fonte: cargonews.com.br